O cantor Gabriel Diniz morreu há um ano, após um acidente aéreo em Sergipe. Ao G1, Cizinato Diniz, pai do artista, comentou a saudade do filho, que nasceu no Mato Grosso do Sul mas ainda criança foi morar em João Pessoa, na Paraíba, estado natal dos pais. “GD”, como é conhecido, ficou nacionalmente famoso após o sucesso do hit ‘Jenifer’, no início de 2019.
Cizinato conta que a família tem aceitado melhor a partida de Gabriel.
“A cada dia que passa a gente entende que Gabriel foi embora mesmo. É muito difícil, mas é assim mesmo”, diz.
Além das memórias que retornam com a data do acidente, Cizinato comenta que as lembranças são mais fortes na casa onde vivem, em João Pessoa.
“O que mais me faz lembrar Gabriel hoje é passar no quarto dele e ver a cama vazia, isso pra gente é terrível”, relata o pai.
Atualmente, Cizinato se dedica à carreira de Luka Bass, ex-integrante da equipe de Gabriel Diniz. O pai também organizou um show beneficente para arrecadar fundos para instituições que combatem o coronavírus. Seu Cizinato também pretende criar um ambiente com as memórias de Gabriel, onde uma taxa de entrada será revertida para instituições de caridade.
Homenagens de artistas e amigos
O cantor Léo Santana lembrou da amizade que construiu com Gabriel, segundo ele, uma das poucas que a música lhe deu. “Era incrível, continua sendo incrível. Eu me sinto honrado em ser amigo do GD, um cara que de fato são um dos poucos amigos que a música me deu, amigos verdadeiros. Faz muita falta, não só na vida do Léo Santana, mas de quem admira e respeita ele”, declarou.
É com a qualidade da alegria que Karol Calheiros, a noiva de Gabriel Diniz, se fortalece todos os dias. Após um ano da morte do noivo, ela prefere exaltar as qualidades dele. “Uma pessoa incrível, de bem com a vida, muito caridosa, linda, por dentro e por fora. Era muito mais que um artista, porque a arte dele era maior que apenas a música”, destaca.
A digital influencer e humorista Gkay, amiga muito próxima de Gabriel Diniz, acredita que o amava tanto porque ele era a pessoa que ela conhecia que era mais parecida com ela. “Eu amo o jeito dele, eu amava estar perto dele, eu amava a alegria de menino dele, eu amo, na verdade, porque todas as vezes que eu lembro dele, eu lembro com muito amor e com muita saudade. Tem cosias aqui na Terra que a gente não entende, mas eu tenho certeza, GD, Gabriel, nosso eterno, onde quer que você esteja, você está com aquele sorriso lindo que você tinha”, relata Gkay.
Homenagens
Para “lembrar e festejar o quanto Gabriel foi feliz e contagiante”, a família fará uma missa virtual com transmissão ao vivo no canal do cantor no Youtube, nesta quarta-feira (27).
Segundo o G1, os fãs de Gabriel Diniz também irão se reunir para homenageá-lo. Em uma outra transmissão ao vivo, às 19h de quinta-feira (28) no canal do fã clube “Memórias do GD”, também no Youtube.
Organizador da homenagem, Felipe Alencar, fã de Gabriel, fala da saudades do ídolo. “Sinto tristeza, muitas saudades e também alegria, amor, paz e leveza quando lembro dele, uma vez que ele transmitia e defendia com unhas e dentes todas essas boas emoções em todos os momentos de sua vida. Eu luto para sempre lembrar do Gabriel dessa forma. Através dos bons momentos. Das boas lembranças. Das memórias que transmitem felicidade”, comenta o fã.
O acidente
Gabriel morreu aos 28 anos, na queda de um avião de pequeno porte no povoado Porto do Mato, em Estância, na região sul de Sergipe. Além dele, os pilotos Linaldo Xavier e Abraão Farias também faleceram no acidente.
Após investigações, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concluiu que avião realizava táxi aéreo de forma ilegal e autuou o Aeroclube de Alagoas, proprietário da aeronave.
Mas, após um ano e sucessivos pedidos de adiamento de prazo à Justiça, a Polícia Federal ainda não concluiu a investigação sobre o acidente aéreo. De acordo com o delegado da PF em Sergipe, Márcio Alberto Gomes Silva, responsável pelo inquérito, ainda são aguardados laudos periciais elaborados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, que já foram requisitados.
Foto: Steven Ellison.