Alvo da operação da Polícia Federal desta quarta-feira no inquérito que apura fake news e ataques contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a ativista Sara Winter ameaçou em vídeo, publicado nesta quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, que conduz as investigações no Supremo. Sara afirmou que “essa foi a pior decisão da vida” de Moraes e que o ministro “nunca mais vai ter paz”. O ministro informou que vai pedir ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que tome providências cabíveis em relação aos ataques da ativista.

“Pois você me aguarde, Alexandre de Moraes, o senhor nunca mais vai ter paz na vida. Hoje, o senhor tomou a pior decisão da vida do senhor”, disse Winter no vídeo.

Segundo O Globo, a ativista também afirmou que vai “infernizar a vida” do ministro, bem como “descobrir os lugares” frequentados por ele, e “quais são as empregadas domésticas que trabalham” para Moares, completando que “a gente vai descobrir tudo da sua vida, até o senhor pedir pra sair”.

Segundo Sara, sua vontade é “trocar soco” com o ministro, a quem se referiu como “filha da puta desse arrombado”. Ela ainda diz que “infelizmente” não pode fazer isso, porque o ministro não mora no mesmo estado que ela.

“Pena que ele mora em São Paulo, porque se ele estivesse aqui eu já tava lá na porta da casa dele convidando ele pra trocar soco comigo. Juro por Deus, essa era a minha vontade, trocar soco com esse filha da puta desse arrombado. Infelizmente, eu não posso. Mas eu queria”

Apoiadora do presidente Jair Bolsonaro e criadora do grupo “300 pelo Brasil”, que chegou a montar barracas na Esplanada e divulgar manifestos sugerindo o uso de táticas de guerrilha para “exterminar a esquerda” e “tomar o poder para o povo”, Sara Winter teve o celular e o notebook apreendidos.

“A PF acaba de sair da minha casa. Bateram aqui às 6h da manhã a mando do Alexandre de Moraes. Levaram meu celular e notebook. Estou praticamente incomunicável! Moraes, seu covarde, você não vai me calar!”, escreveu Sara nas redes sociais.

Candidata a deputada federal pelo DEM do Rio de Janeiro nas últimas eleições, ela não conseguiu ser eleita. Desde então, ela aposta na radicalização em seus canais pelas redes sociais, onde diz andar escoltada por seguranças armados e defende que membros do STF “sejam removidos pela lei ou pelas mãos do povo”. Ela também costuma publicar fotos segurando armas e diz que “atira muito bem”.

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