O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), comentou, nesta terça-feira (5), a ação movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que pede a cassação dele e do vice, Leo Bezerra (Cidadania). O gestor negou a acusação de uso da máquina estadual em benefício próprio durante a campanha eleitoral do ano passado.
A ação aponta que servidores da Secretaria de Educação e professores foram utilizados, em horário de expediente, na realização de pesquisas eleitorais voltadas a beneficiar o então candidato Cícero Lucena durante as Eleições 2020. No pleito, ele teve o apoio do governador João Azevêdo, que é do Cidadania, mesmo partido de Leo Bezerra, vice de Cícero.
“Eu nem conheço essa máquina, nem o uso dela. Eu vou é cuidar de João Pessoa, essa é minha preocupação”, afirmou o prefeito, durante visita à Maternidade Cândida Vargas. Questionado se o caso lhe gerava alguma preocupação, Cìcero deu uma resposta curta. “Em absoluto, porque eu não pratiquei [as irregularidades denunciadas]”.
Segundo o Jornal da Paraíba, além da cassação, o MPE pede a inelegibilidade do prefeito e do vice por um período de oito anos. A acusação é de abuso de poder econômico e político, além de conduta vedada.
A defesa de Cícero disse que ainda não foi citada oficialmente, e, por isso, não conhece os termos da acusação. Afirmou, no entanto, que respeita o MPE e declarou que tem ciência da lisura da campanha e confia na improcedência da ação.
Também é alvo da ação a gerente da 1ª Gerência Regional de Ensino do Governo da Paraíba, Wleica Honorato Aragão Quirino. Através da assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação, da Ciência e Tecnologia da Paraíba, Wleica afirmou que não foi notificada sobre o processo.
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