A falta de dinheiro impediu 48,9% das famílias brasileiras de viajar entre os meses de junho e setembro de 2019, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (12), pela primeira edição da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Turismo.
Segundo o levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dos 56,7 milhões de domicílios onde não foram registradas viagens no terceiro trimestre, 82,9% tinham renda abaixo de dois salários mínimos, o equivalente a cerca de R$ 1.996 no período da pesquisa.
Segundo o R7, a ausência de tempo (18,5%) e a falta de necessidade (13,5%) também foram citados por boa parte dos entrevistados como motivos que impediram a realização das viagens. Aparecem ainda entre as razões a falta de interesse (7,2%), a opção estar fora das prioridades (4,8%) e problemas de saúde (4,3%).
O estudo destaca que os motivos que impedem as viagens variam de acordo com o rendimento domiciliar por pessoa. “Dentre os domicílios com rendimentos abaixo de 2 salários mínimos, a principal causa de não viagem foi a falta de dinheiro. Já entre os domicílios cujo rendimento foi de 2 ou mais salários mínimos, a causa que predominou foi a falta de tempo”, aponta o IBGE.
Já entre os 15,8 milhões de lares onde ocorreram viagens no terceiro trimestre do ano passado, 95,5% registraram até três viagens no período. De todos os trajetos, 13,5% ocorreram por motivos profissionais e 86,5% foram realizados por rações pessoais.
Meio de transporte
Para os brasileiros entrevistados que disseram ter viajado no terceiro trimestre de 2019, o carro foi a escolha mais citada par a realização dos trajetos (46,6%). A opção é a mais utilizada tanto para trajetos pessoais (47,6%), quanto para os profissionais (40,4%).
Na sequência, aparecem as viagens com ônibus de linha (16%) e de avião (15,3%), com o diferencial de que o percentual dos que usaram o meio de transporte aéreo é amplamente superior nas viagens profissionais (30,5%).
Também aparecem como opções de transporte para a realização dos percursos ônibus de excursão, fretado ou turismo (7,1%), vans ou perueiros (4,1%) e motocicletas (2,1%). Outros meios de transporte foram usados por 8,8% dos viajantes.
Segundo o IBGE, é possível observar que a utilização do avião como principal transporte aumenta sua participação à medida que aumenta o rendimento domiciliar. Ao mesmo tempo, a opção pelo ônibus de linha reduz em meio ao aumento da renda do viajante.
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