O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a reforma da renda – voltada para ampliar a faixa de isenção no IR (Imposto de Renda) – será adequada com formas de compensação para o impacto na arrecadação.
Haddad também disse que “nenhuma renúncia fiscal pode ser feita sem compensação no Brasil”. A posição veio nesta quarta-feira (5), após um encontro com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para indicar as pautas econômicas defendidas pelo governo.
O ministro confirmou que a equipe econômica já fez um estudo das projeções de impacto de valores, mas que a divulgação depende de decisão do presidente Luiz inácio Lula da Silva.
Haddad também destacou que a intenção do governo é implementar a isenção no IR a partir de 1º de janeiro do ano que vem.
Conforme apurou o R7, o projeto deverá chegar ao Congresso pela Câmara, com expectativa de envio nas próximas semanas. Há intenção de avanço na análise ao longo do 1º semestre.
O ponto de maior desafio ao governo está ligada à renúncia fiscal. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já indicou que os parlamentares não concordariam com eventuais propostas de compensação fiscal ao governo — como aumento tributário.
Antes do encontro, destacou que a proposta é bem-vinda, mas precisará de equilíbrio para não haver riscos de impacto nas contas públicas.
“O projeto da isenção do Imposto de Renda é um projeto simpático. Quem não gostaria de aprovar um projeto que ajuda as pessoas que têm faixa de renda menor? Mas temos que ter muito equilíbrio para que uma medida com essa não venha a ter efeito ruim do ponto de vista econômico”, declarou.
Motta também voltou a dizer que o Congresso terá prioridade com a responsabilidade fiscal.
Além da reforma do IR, Haddad levou prioridades econômicas do ano à Câmara. Uma reunião deve ser marcada na próxima semana com o presidente eleito no Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Foto: Andressa Anholete.