O deputado federal paraibano Hugo Motta, novo presidente da Câmara dos Deputados, criticou o tempo de pena de inelegibilidade pela lei da ficha limpa. Existe uma possibilidade de revisão da lei da ficha limpa no Congresso, que poderá diminuir para dois anos a pena de inelegibilidade.
Em entrevista ao Jornal da CBN, Hugo Motta considerou que o tempo de inelegibilidade de oito anos é “muito longo”, especialmente por representar quatro eleições “quase uma eternidade na vida política”. O paraibano declarou ainda que durante o seu mandato não pretende apenas pautar consensos. Outra pauta polêmica no Congresso é a anistia para os presos por atos golpistas de 8 de janeiro.
“No Brasil, em que se tem eleições de dois em dois anos, ex-gestores com problemas de condenação acabam sofrendo muito com essa questão”, afirmou, completando que “o presidente da Câmara não pode temer discutir temas”.
O deputado do Republicanos foi eleito presidente da Câmara no último sábado (1). De acordo com o ClickPB, ele conquistou 444 votos e contou com o apoio de 18 partidos.
Hugo Motta terá, entre os desafios, também o tema das emendas parlamentares, que é alvo de confrontos entre o Congresso e o STF. De acordo com o novo presidente da Câmara, a expectativa é que um modelo para as emendas “com muita confiança” seja apresentado ainda fevereiro.
“Nós queremos conversar com o STF. O Congresso tem muitas certezas das suas prerrogativas, é algo que será garantido. Precisamos resolver isso junto a situação do Orçamento, em uma agenda que será positiva para o país”, falou.
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