O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), anunciou na tarde desta segunda-feira (18) uma série de novas medidas restritivas para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus na cidade. Entre outras questões, a prefeitura irá determinar em decreto a proibição do funcionamento de feiras de trocas, e a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção individual por parte de condutores e passageiros de táxis e mototáxis.
Conforme antecipou o Blog Pleno Poder, do JORNAL DA PARAÍBA, o novo decreto da Prefeitura de Campina Grande também impõe a interdição temporária do entorno do Açude Velho e das demais pistas de caminhada da cidade, como a pista da Avenida Juscelino Kubitscheck e a margem do Açude de Bodocongó. O documento também inclui na lista de atividades essenciais a realização de cultos e missas de maneira online, para que não haja aglomeração de pessoas nos templos das igrejas.
Na Feira Central, as Forças de Segurança em conjunto com o Procon municipal irão continuar monitorando possíveis aglomerações de pessoas, e as atividades comerciais poderão continuar acontecendo, seguindo as recomendações sanitárias. No entanto, as feiras de troca, instaladas em vários bairros da cidade estão proibidas de funcionar temporariamente, até o fim da pandemia.
Segundo o Jornal da Paraíba, as demais atividades consideradas não essenciais, como as de lojas que integram o comércio, bares e restaurantes, continuam interrompidas para evitar possíveis contaminações pelo novo coronavírus. O prefeito garantiu que a gestão municipal está agindo em conformidade com o cenário epidemiológico observado em Campina Grande, que é referência em saúde para pelo menos 69 municípios paraibanos.
Enfrentamento
Durante o pronunciamento ao vivo, Romero Rodrigues voltou a defender o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pessoas diagnosticadas com a Covid-19. A gestão municipal anunciou na semana passada que está desenvolvendo um protocolo para medicar pacientes no estágio inicial da doença, apesar de o medicamento ser alvo de divergências entre a comunidade científica. O prefeito disse que não há necessidade de politizar o uso do medicamento, e que está se baseando no sucesso observado em alguns casos.
Romero também destacou a alta observada na quantidade de pessoas com dengue, e afirmou que a prefeitura está inciando uma campanha de combate à doença para que não haja uma sobrecarga ainda maior no sistema de saúde da cidade. Uma das preocupação quanto a proliferação do Aedes Aegypti, que transmite a dengue, são as obras de paradas, e sob essa justificativa o prefeito também informou que não irá de contrapor ao decreto estadual que proíbe o funcionamento do setor de construção civil, pois o enxerga como essencial.
Alta demanda nos hospitais
Durante a transmissão ao vivo, o secretário de Saúde de Campina Grande, Felipe Reul, anunciou que Ministério da Saúde (MS) habilitou para funcionamento os 42 leitos instalados no Hospital de Campanha da cidade, inaugurado na última na última terça-feira (12). O prefeito Romero Rodrigues, no entanto, garantiu que o atendimento de pacientes seria disponibilizado no local caso houvesse necessidade, mesmo sem a habilitação formal do MS. O gestor também informou o recebimento de mais 19 respiradores para tratamento exclusivo de pacientes com Covid-19.
Na tarde desta segunda (18), ainda de acordo com Romero Rodrigues, dos 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) instalados no Hospital Pedro I, referência para tratamento do novo coronavírus na cidade, 25 estão ocupados, e pelo menos 58 leitos de enfermaria também estão com pacientes em tratamento. A UPA do Alto Branco, destinada a pacientes com sintomas iniciais, já registra lotação de pessoas. Até o domingo (17), conforme a Secretaria de Estado da Saúde (SES), Campina Grande possuía 290 casos confirmados de Covid-19 e 5 mortes pela doença.
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