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Desigualdade no mercado de trabalho atinge recorde, mostra pesquisa da FGV

A desigualdade de renda no mercado de trabalho brasileiro alcançou nível recorde em março deste ano. De acordo com pesquisa de Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), o índice de Gini que mede a disparidade de renda per capita do trabalho alcançou 0,627, o maior patamar da série histórica, iniciada em 2012.

O Gini varia de zero a 1 e, quanto maior, mais intensa é a desigualdade. Foi a 17ª alta trimestral seguida da desigualdade no mercado de trabalho brasileiro.

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Segundo O Globo, o estudo de Duque mostra que, desde novembro de 2015, os 10% mais ricos dos trabalhadores brasileiros tiveram um ganho de renda de 3,3%. Enquanto isso, os 40% mais pobres viram seus rendimentos encolherem, em termos reais (ou seja, já descontando a inflação), mais de 20%.

Na avaliação de Duque, a lenta recuperação do mercado de trabalho, ao beneficiar mais os profissionais com melhores qualificações, aprofundou a desigualdade e potencializou o desalento, situação em que o trabalhador desiste de procurar emprego.

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