O avião presidencial de reserva, que transporta Luiz Inácio Lula da Silva e diversas autoridades, pousou, na Base Aérea de Brasília (DF), às 10h12 desta quarta-feira (2). A aeronave havia apresentado problemas técnicos no início do retorno ao Brasil e precisou voltar ao aeroporto da Cidade do México, de onde havia decolado. “O vôo foi tranquilo sem nenhuma intercorrência”, disse em nota o Palácio do Planalto.
Como mostrou o R7, logo após a decolagem, o avião voou em círculos sobre o território mexicano e precisou consumir o combustível para fazer o pouso de emergência em segurança. Em nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) afirmou que foram realizados, com sucesso, os procedimentos para solução do problema e que os pilotos aguardavam o consumo do produto para que a aeronave retornasse ao mesmo aeroporto.
A medida durou quase cinco horas. A queima do combustível era necessária porque o peso máximo de decolagem é diferente do peso máximo de pouso. Retornado ao aeroporto da Cidade do México, Lula embarcou em outra aeronave. Em todas as viagens presidenciais, o protocolo brasileiro prevê ao menos dois aviões disponíveis para a comitiva.
O Airbus A319, chamado de VC-1 pela FAB, é o avião presidencial brasileiro desde 2005. Lula está no México desde domingo (29). No país vizinho, o petista participou da posse da presidente Claudia Sheinbaum, na última terça-feira (1º). O brasileiro também se reuniu com o agora ex-presidente López Obrador e participou de um fórum empresarial.
É a primeira viagem de Lula ao México neste mandato. O México é o sexto parceiro comercial do Brasil e o quinto principal destino das exportações brasileiras. O comércio entre os dois países fechou 2023 em US$ 14 bilhões — aumento de 15% em relação a 2022. O Brasil trabalha para incrementar acordos econômicos vigentes com o México, como redução de tarifas de importação e o livre comércio automotivo.
Claudia foi eleita no início de junho, e o mandato dela vai durar seis anos. Ela foi militante do movimento estudantil antes de se lançar na política e, desde o início, era próxima a López Obrador. A presidente promete continuar o governo do antecessor, em especial uma proposta de reforma da Constituição, criticada por opositores e analistas por, supostamente, enfraquecer o Poder Judiciário e a autoridade eleitoral mexicana.
Foto: Ricardo Stuckert.