Um aluno da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi vítima de tentativa de sequestro na Praça da Alegria, no o Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), em João Pessoa, no dia 16 de julho de 2024. Informação foi divulgada através de nota emitida pela Universidade nesta terça-feira (17).
De acordo com a vítima e testemunhas do local, a tentativa de sequestro foi orquestrada pelo pai do aluno, com omissão da guarda universitária, pelo fato da vítima ser LGBTQIAP+ e fazer uso de maconha.
Como visto pelo ClickPB, na nota, o sequestro teria sido uma tentativa de internação involuntária.
O Conselho Universitário (CONSUNI) reafirmou o compromisso com a segurança dentro da universidade. “Demonstrar nosso repúdio a toda e qualquer forma de violência”, escreveram.
O ClickPB observou ainda, que o CONSUNI também solicitou à administração central abertura de investigação da participação ou omissão da Vigilância Universitária e da Superintendência de Segurança Institucional (SSI).
|Confira nota da UFPB na íntegra
Na noite de terça-feira, 16/07/2024, de acordo com a vítima e testemunhas do local, um jovem sofreu uma violenta tentativa de sequestro na Praça da Alegria no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal da Paraíba (CCHLA/UFPB). Ainda de acordo com a vítima e testemunhas do local, a tentativa foi orquestrada pelo progenitor do jovem, com omissão da guarda universitária, sob justificativa do mesmo ser LGBTQIAP+ e fazer uso de maconha.
Tal ocorrido foi supostamente uma tentativa de internação involuntária, que infringiria a Lei n° 10216, a qual estabelece no Art. 6 que “a internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos”. Perante isso, este caso se mostra mais uma expressão da LGBTfobia, da lógica manicomial e do proibicionismo presentes em nossa sociedade.
Nessa sequência, diante de mais um caso de violência que acontece nas dependências da nossa UFPB, o Conselho Universitário (CONSUNI) desta instituição de ensino superior vem em defesa da democracia e dos direitos constitucionais e humanos, reafirmar o nosso compromisso com a segurança e o acesso da comunidade à nossa instituição, e demonstrar nosso repúdio a toda e qualquer forma de violência. Por conseguinte, o CONSUNI também solicita a administração central desta universidade que se investigue a participação ou omissão da Vigilância Universitária e da Superintendência de Segurança Institucional (SSI) no caso citado.
Foto: Reprodução Google.