Era 18 de junho de 2023 quando o mundo tomou conhecimento de que um submarino com cinco bilionários a bordo estava desaparecido no Atlântico.
Depois de quatro dias de buscas acompanhadas intensamente por pessoas de todo o mundo, as autoridades responsáveis e a empresa OceanGate, dona do submarino Titan, anunciaram, em 22 de junho, que todos os passageiros estavam mortos.
De acordo com o G1, a empresa cobrou US$ 250 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) de cada passageiro. Eram quatro no total, e mais um “capitão”, responsável por conduzir o submarino, que era guiado apenas por um joystick semelhante a um controle de videogame.
O que aconteceu?
O submarino Titan desapareceu em 18 de junho de 2023, pouco mais de uma hora depois de submergir no Oceano Atlântico. Como ele não era autônomo, como um submarino de grande porte, deveria ficar em constante comunicação com um navio-base.
Imediatamente após perder a comunicação, o navio comunicou o desaparecimento a parentes dos passageiros e às autoridades.
Os ocupantes tinham comprado um passeio turístico para visitar os destroços do Titanic, que naufragou após chocar-se com um iceberg em 1912 (os restos do navio ficam a cerca de 600 km da costa do Canadá).
Como foram as buscas
Inicialmente, governos dos Estados Unidos e Canadá mobilizaram equipes e começaram a operação de busca, à qual a França se uniu depois. Dezenas de navios, aviões e sondas dos três países trabalharam contra o tempo — estimava-se que o oxigênio dentro da embarcação poderia durar apenas algumas horas após o desaparecimento.
Depois de dois dias sem avanços, um avião das Forças Armadas do Canadá registrou ruídos que “se assemelhavam a batidas” na região onde eram feitas as buscas. O ruído foi entendido como um possível indício de que os passageiros do submarino poderiam estar vivos.
Toda a operação foi então deslocada para a área do ruído. Em seguida, um navio de pesquisa francês carregando um robô de mergulho em profundidade desacelerou enquanto fazia buscas nesse perímetro, indicando que algo havia sido encontrado. Usando sondas de profundidade, as equipes responsáveis encontraram destroços em uma área próxima ao local no qual o Titanic naufragou.
Quem era a responsável pela expedição?
A expedição era organizada pela empresa de turismo marítimo OceanGate Expeditions, que cobrou US$ 250 mil (R$ 1,2 milhão) de cada passageiro.
Quem estava no submarino?
-O diretor-executivo da OceanGate, Stockton Rush, também piloto do submarino;
-o empresário paquistanês Shahzada Dawood;
-Suleman Dawood, filho de Shahzada;
-o bilionário e explorador britânico Hamish Harding;
-e o ex-comandante da Marinha Francesa Paul-Henry Nargeolet, principal especialista no naufrágio do Titanic.
Como era submarino?
-tinha 6,5 metros de comprimento por 3 metros de largura;
-pesava mais de 10 toneladas e era feito de fibra de carbono e titânio;
-era guiado por um joystick que se parecia muito com um controle de videogame;
-moveia-se a uma velocidade de 3 nós (5,5 km/h) e é impulsionado por quatro propulsores;
-podia levar até cinco pessoas;
-e não era autônomo, como um submarino de grande porte, razão pela qual precisou ser carregado na superfície do mar por 643 km até a região da descida.
Onde estão os restos do Titanic?
Os restos do Titanic estão a 3.800 metros abaixo do mar, em um ponto do Oceano Atlântico cerca de 600 quilômetros distante da costa do Canadá.
O que aconteceu com o submarino?
Ele implodiu. Implosão é o que ocorre quando um objeto, uma estrutura ou um edifício colapsa ou desmorona em direção ao seu centro. É o oposto da explosão, na qual a força que leva à destruição é liberada para fora a partir do centro do objeto.
Como estão as investigações hoje?
Em um comunicado publicado no último dia 14, a Guarda Costeira dos EUA — que também comandou, na ocasião do desaparecimento, as operações de resgate ao submarino — afirmou que terá de estender as investigações, previstas inicialmente para serem concluídas neste mês de junho, por tempo indeterminado.
As investigações sobre as causas da tragédia foram adiadas por tempo indeterminado, também de acordo com a Guarda Costeira dos Estados Unidos.
Foto: Reprodução Google.