Operação Calvário aponta que cozinheira foi usada como ‘laranja’ para fraudes na educação na PB

Investigações feitas durante as duas novas fases da Operação Calvário, deflagradas nesta quinta-feira (4), apontam que o grupo acusado de fraudar licitações e desviar recursos da educação da Paraíba utilizou empresas, com contratos milionários, em nome de “laranjas”.

Uma das pessoas usadas como “laranja”, conforme o Ministério Público da Paraíba (MPPB), atuava como cozinheira e atendente de lanchonete. Ela foi não denunciada pelo MP nessas fases, nem se tornou alvo de mandados judiciais.

De acordo com as investigações, ela é apontada como sócia nas empresas L & M Lojão do Escritório LTDA e Alpha & Beta Construções e Soluções AP LTDA.

Mais de R$ 1,7 milhão foram pagos para a Alpha & Beta Construções e Soluções AP LTDA na aquisição de livros, de acordo com o MP.

Os empreendimentos seriam administrados, conforme o órgão ministerial, pelo empresário Pietro Harley, alvo de um mandado de prisão preventiva na manhã desta quinta-feira.

Ao todo, são cumpridos 28 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva, em João Pessoa, Cabedelo, Campina Grande, Taperoá, assim como em Brasília (DF), Florianópolis (SC) e São Paulo (SP). Os mandados de prisão são cumpridos contra Coriolano Coutinho, que já está preso, Pietro Harley e José Edvaldo Rosas.

O advogado Gustavo Botto, que representa Pietro Harley e Edvaldo Rosas, disse que os clientes negam as acusações.

Segundo o G1, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) também denunciou Ricardo Coutinho e mais 30 pessoas na 11ª e 12ª fases da Operação Calvário. Foram apresentadas à Justiça duas denúncias apontando a existência de um suposto “esquema” de fraudes e desvios na Educação do Estado e da Prefeitura de João Pessoa.

O advogado de Ricardo Coutinho, Eduardo Cavalcanti, informou que só teve acesso à denúncia feita pelo Ministério Público na manhã desta quinta-feira (4) e ainda está analisando.

Foto: Antônio Vieira.