O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 5ª feira (28.jan.2021) que o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) é criticado o tempo todo pelos “figurões da mídia”, mas que é o chanceler a autoridade do governo que faz “relações públicas” com o mundo todo.
“Sempre digo: se ministro meu for elogiado pela mídia, corre o risco de ser demitido. Sem querer generalizar a nossa mídia, temos bons jornalistas, mas os figurões da mídia o tempo todo criticam o nosso Ernesto Araújo, o nosso homem que faz a ligação, as relações públicas com o mundo todo”, disse o presidente, em evento que libera o tráfego da nova ponte sobre o Rio São Francisco, em Propriá (SE).
Nessa 4ª feira (27.jan), o vice-presidente Hamilton Mourão disse que o governo poderá trocar “alguns ministros” depois das eleições para a presidência da Câmara e do Senado, entre eles, o das Relações Exteriores. As declarações foram feitas em entrevista à Rádio Bandeirantes nessa 4ª feira (27.jan.2021).
“Eu acho, julgo, não tenho bola de cristal para isso, nem esse assunto foi discutido comigo, que em um futuro próximo, após essa questão das eleições dos novos presidentes das duas casas do Congresso, poderá ocorrer uma reorganização do governo para que seja acomodada a nova composição política que emergir desse processo“, falou. “Talvez alguns ministros sejam trocados, entre eles, o próprio Ministério das Relações Exteriores”.
Bolsonaro também voltou a reagir a reportagens que mostram o gasto de R$ 15 milhões da administração federal em 2020 com leite condensado. “Quando falam de leite condensado, não têm o que falar de mim, pô”, disse.
Segundo o msn, na 4ª feira, o presidente atacou jornalistas durante almoço com artistas em um restaurante de Brasília. Disse que leite condensado “é pra enfiar no rabo” da imprensa.
Vacinas
Em Sergipe, sem usar máscara, o presidente promoveu aglomerações e segurou um apoiador no colo. Também comentou sobre o andamento do plano de vacinação no país. “As vacinas começaram a chegar e vão chegar para vacinar toda a população em um curto espaço de tempo”, afirmou.
Segundo Bolsonaro, enquanto a Europa e alguns países da América do Sul não têm vacina, devido à grande procura, o Brasil assinou convênios, firmou contratos e compromissos desde setembro de 2020. “Com vários laboratórios”, acrescentou.
O Brasil tinha aplicado pelo menos 1.107.331 doses de vacinas contra o coronavírus até 10h32 dessa 4ª feira (27.jan). Os dados são do CoronavirusBot, que complica dados do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais de saúde.
As vacinas utilizadas no país até o momento são a CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, e a AstraZeneca/Oxford.
Foto: Sérgio Lima.