O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta 4ª feira (27.jan.2021) que vai, “se Deus quiser, participar e influir na presidência da Câmara”. A declaração foi feita depois de um café da manhã com 30 deputados do PSL e transmitida na página oficial da deputada Carla Zambelli (SP).
“Viemos fazer uma reunião com 30 parlamentares do PSL. Vamos, se Deus quiser, participar e influir na presidência da Câmara com esses parlamentares, de modo que possamos ter um relacionamento pacífico e produtivo para o nosso Brasil”, disse o presidente.
O PSL integra o bloco de apoio de Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão e apoiado pelo Planalto na disputa pela presidência da Câmara. A cúpula do PSL, no entanto, preferia Baleia Rossi (MDB-SP), principal adversário de Lira.
Segundo o msn, os blocos são formados em toda eleição da Câmara. Candidatos a presidente da Casa tentam aglutinar o maior número de aliados para ter maioria de votos também na Mesa Diretora.
Arthur Lira e Baleia Rossi são os principais candidatos a presidente da Casa. A impressão predominante na Câmara é de que, se a eleição fosse hoje, Lira seria eleito. A votação será em 1º de fevereiro.
O deputado do PP aproximou-se de Jair Bolsonaro ao longo de 2020. Está em campanha há meses.
Baleia Rossi tem como principal articulador de sua campanha o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Também é apoiado pelas cúpulas dos partidos de esquerda.
Além deles, outros 7 deputados se colocam na disputa. Têm, porém, poucas chances de obter votação expressiva. Eis os nomes:
Fábio Ramalho (MDB-MG);
Capitão Augusto (PL-SP);
André Janones (Avante-MG);
Marcel Van Hattem (Novo-RS);
Alexandre Frota (PSDB-SP);
Luiza Erundina (Psol-SP);
General Peternelli (PSL-SP).
Quem for eleito terá 2 anos de mandato à frente da Casa. Para vencer serão necessários ao menos 257 votos, se todos os 513 deputados votarem.
O principal poder do presidente da Câmara é escolher quais projetos os deputados analisarão e quando. Se o governo federal quiser, por exemplo, afrouxar as leis sobre armas, a proposta só sai do papel se os presidentes de Câmara e do Senado colocarem em votação.
Foto: Isac Nóbrega.