O casal preso em flagrante em um sequestro-relâmpago na Zona Oeste do Rio nesta segunda-feira (25) fazia terror psicológico com as vítimas.
Segundo a base do Segurança Presente da Barra da Tijuca, que prendeu a dupla, André Amaral da Silva e Sara Benigno Lopes Quintanilha Felippe agiam desarmados, mas conseguiam roubar ameaçando os reféns.
“Na abordagem, não tinham nenhuma arma. Eles usavam do terror psicológico”, afirmou o tenente Góes, subcoordenador do Barra Presente.
Duas horas de agonia
O casal foi preso em flagrante enquanto mantinha três amigos reféns havia duas horas.
Uma delas contou ao Bom Dia Rio que a dupla afirmava estar armada quando os abordou, no Posto 4 da Praia da Barra.
“Os assaltantes chegaram, mandaram a gente ir para um canto, perto do mato. Tiraram nosso telefone, nossos pertences, dinheiro”, lembrou.
“Eles perceberam que meu amigo estava com um cartão de crédito e o levou para fazer compras. Enquanto isso, eu e mais um amigo ficamos com a outra assaltante”, detalhou.
O adolescente que foi levado detalhou a ação do assaltante. Foram duas tentativas de compra de um celular.
“Na primeira loja, a moça do caixa foi buscar no estoque, mas estava demorando muito, e ele [André] pensou que ela tinha percebido que era um assalto”, narrou.
“Em outra loja, já com o celular, meu cartão não tinha limite e não passou. O caixa percebeu e falou com outro atendente. Na hora a gente saiu”, disse.
Logo em seguida, os policiais chegaram, resgatando o adolescente e prendendo André. O homem então informou onde Sara estava, e outra equipe a deteve.
Segundo o G1, André e Sara foram levados até a delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP).
Segundo a polícia, não foi a primeira vez que a dupla cometeu esse tipo de crime, mas os investigadores não sabem ainda quantas pessoas foram vítimas.
No dia 26 de dezembro, a polícia já tinha recebido denúncias de que ladrões estavam praticando esse tipo de crime próximo à estação de metrô Jardim Oceânico.
Os agentes do Segurança Presente começaram um trabalho de inteligência, com a colaboração da segurança do Metrôrio em busca dos suspeitos.
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