Mal foi anunciada a morte do deputado João Henrique, a dublê de deputada de Santa Rita, Edjane Panta, se lança como deputada de fato, no momento que o corpo de João ainda é velado.
Sem ter tido a competência de se eleger com o pseudo-poderio financeiro de uma máquina recheada de cabos eleitorais, como bem diz o próprio MP, Dra. Jane, pseudônimo pelo qual é conhecida na cidade de Santa Rita, precisou entrar pela porta dos fundos do parlamento estadual apelando primeiro para a eleição de deputados como Tovar, que sequer saiu candidato em Campina Grande, e Galego Souza, que perdeu a eleição em São Bento. Assumiu a cadeira de suplente nesse ínterim e se investiu de um poder que só seus súditos, alimentados pela folha da prefeitura canavieira, reverenciam.
Agora, ainda com a presença física de João Henrique entre nós, a suplente ainda sem cadeira e sem mandato dispara uma série de manchetes e participa, ao lado do marido, de programas radiofônicos se auto-aclamando “deputada” quando na verdade, com a decretação do luto de sete dias por parte do presidente Adriano Galdino, Edjane não passa sequer na porta da AL antes disso, quem dirá tomar posse.
Além de mostrar a incompetência contumaz que lhe é peculiar, nem mesmo respeito à memória daquele através do qual ela volta a entrar na Assembleia pulando a janela consegue mostrar ao não se conter em sentar na cadeira ainda morna que pertencia a João Henrique, o verdadeiro detentor do mandato.
Ora, caíram no seu colo dois anos de mandato, o que custa demonstrar um mínimo de humanidade num momento como este? O problema é que eles parecem não conhecer o significado da palavra.
Mais respeito à família e à memória das pessoas não faz mal a ninguém.
O momento é de Edjane e o marido prefeito se conterem porque tá pegando mal demais essa postura aparentemente desumana, deselegante e que revela muito da tal doutora.
Manno Costa,
para o News Paraíba