O sobrinho do ex-prefeito Expedito Pereira, suspeito de participação na morte do político foi preso na tarde desta quarta-feira (16). Ricardo Pereira é um dos três alvos de mandado de prisão temporária com base nas investigações do assassinato, ocorrido no dia 9 de dezembro. A Polícia Civil ainda não divulgou qual seria a suposta participação de Ricardo no crime que vitimou o ex-gestor de Bayeux.
Os outros alvos dos mandados de prisão expedidos pela Justiça da Paraíba são Leon Nascimento dos Santos, que já está preso desde o sábado (12), e Gean Carlos da Silva Nascimento, que prestou depoimento sobre o caso na terça-feira (15), mas que agora se encontra foragido.
A defesa de Ricardo Pereira disse, em entrevista à TV Cabo Branco, que ele se entregou, e informou que iria se inteirar mais sobre o caso antes de se posicionar. Ricardo vai ficar preso na Central de Polícia.
Já a defesa de Gean Carlos, o suspeito que ainda não foi preso, criticou a expedição do mandado e disse que ele vai permanecer foragido “pois tem a plena convicção de sua inocência”. Os advogados afirmaram que entraram com um pedido de habeas corpus e de revogação da prisão temporária.
Leon Nascimento dos Santos, o primeiro suspeito preso está negociando um acordo de delação premiada para contar tudo o que sabe sobre o caso.
A Polícia Civil convocou uma entrevista coletiva para esta quinta-feira (17) para falar sobre os desdobramentos da investigação.
Crime e investigação
Expedito Pereira foi executado à queima-roupa enquanto caminhava a pé e sozinho em uma avenida do bairro de Manaíra, em João Pessoa, no dia 9 de dezembro. Um homem pilotando uma moto preta atirou duas vezes, atingindo o ex-prefeito no peito e um no tórax. Expedito acabou morrendo no local do crime.
Em coletiva, na segunda-feira (14), o delegado Vitor Melo, responsável pelas investigações do caso, confirmou que já tinha identificado dois suspeitos pelo assassinato. Um deles, Leon Nascimento, já estava preso desde o sábado, por conta de mandado de prisão em aberto por outro crime. Um outro já tinha sido identificado, mas ainda não tinha sido localizado. Esse segundo suspeito, Gean Carlos, se apresentou à polícia na terça, mas preferiu ficar calado no depoimento.
De acordo com Vitor Melo, os dois suspeitos teriam tomado de empréstimo a moto utilizada no crime. Ambos trabalhavam para Ricardo Pereira, sobrinho de Expedito e eleito suplente de vereador em Bayeux. Na coletiva, o delegado disse que Ricardo já tinha sido convocado para prestar esclarecimentos e disse que a polícia estava investigando qual seria a relação dele com o crime.
Segundo o advogado de Gean, ele apenas teria repassado a moto usada no crime, do dono do veículo para Leon Nascimento.
Ainda segundo o delegado, a polícia chegou aos envolvidos através de um trabalho que contou com apoio da Semob-JP e PRF, inclusive com a identificação do local em que o suspeito teria abandonado a motocicleta e a camisa utilizada durante o crime. “Com a identificação do veículo, a nossa equipe encontrou o proprietário e ele foi levado á delegacia para prestar depoimento. Na delegacia ficou claro que ele não estava com o veículo no momento dos fatos”, contou.
Foto: Polícia Civil
News Paraíba com Jornal da Paraíba