O presidente Jair Bolsonaro adotou um tom ameno nesta quarta-feira (16/12) ao discursar durante cerimônia do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a covid-19, que ainda não possui data específica para ser aplicado, no Palácio do Planalto. Segundo o chefe do Executivo, que vem tecendo críticas às medidas adotadas pelos governadores e minimizando os casos da doença, se houve “extrapolações ou exageros”, foi no intuito de encontrar uma solução para o problema da pandemia que assola o mundo. O mandatário também falou em união.
“É um momento muito feliz para todos nós brasileiros. Senhores governadores, é uma honra recebê-los aqui. Outros que não comparecerem com certeza foi por motivo de força maior, mas a grande força que todos nós demonstramos agora é a união para buscar a solução de algo que nos aflige há meses. Se algum de nós extrapolou ou até exagerou foi no afã de buscar solução. Realmente, nos afligiu desde o início. Não sabíamos o que era esse vírus como ainda não sabemos em grande parte. Nós todos, irmanados, estamos na iminência de apresentar uma alternativa concreta para nos livrarmos desse mal que é o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19”, declarou.
Segundo o Correio Braziliense, Bolsonaro disse ainda que o Brasil vislumbra a bonança e que a pandemia está próxima ao fim. “Obviamente, momentos difíceis todos nós vivemos, mas depois da tempestade, a bonança, é isso que vislumbra no horizonte do Brasil. São 27 governadores com um só propósito, o bem comum, a volta à normalidade. Muitas pessoas trabalharam nesse objetivo. A grande maioria anônima, mas foi essencial para chegarmos a esse dia”, apontou.
O presidente agradeceu ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e a parlamentares pelo empenho.
“Rendo minhas homenagens aqui ao nosso ministro Pazuello que capitaneou essa liderança. Dizer a todos brasileiros, todos aqui têm responsabilidade. Também senhores de deputados e senadores que nos ajudaram e muito nos momentos que precisávamos de uma urgência para votar projetos para socorrer estados e municípios na busca de solução para esse problema. Vocês foram excepcionais no trato dessa questão”.
Nas mãos da Anvisa
Bolsonaro defendeu que a decisão sobre qual vacina será aplicada nos brasileiros está nas mãos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Estamos tratando de vidas. Temos a Anvisa que sempre foi referência para todos nós e continua tendo uma participação fundamental na decisão de qual vacina deve ser dada de forma gratuita e voluntária para todos os brasileiros; e eu rendo aqui também minha homenagem ao presidente da Anvisa, Antonio Barra, pessoa competente e dedicada que não mede esforço para buscar solução para tudo isso”.
Por fim, o mandatário apelou a Deus e voltou a afirmar que a “solução está por vir”. “Peço a Deus que estejamos certos. A solução está por vir e aguardamos, sim, o desfecho de outras ações como já tivemos aqui patrocinadas pela equipe econômica através do nosso ministro (Paulo) Guedes, que nos próximos dias, ainda nesta semana, (liberou) R$ 20 bilhões para compramos a vacina daquela empresa que se encaixar nos critérios de segurança e efetividade da nossa Anvisa. A todos os brasileiros nesse momento de entendimento e de paz é que cumprimento a todos. Se Deus quiser, brevemente estaremos na normalidade, muito obrigado a todos”, concluiu.
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom.