A 5ª fase da Operação Famintos, desencadeada hoje pela manhã nas cidades de Campina Grande e Sumé, ainda está sob segredo de justiça. Mas os mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal tiveram como alvos, conforme fontes ouvidas pelo Blog, dois servidores da prefeitura de Campina Grande. Eles são suspeitos de terem recebido dinheiro de empresários investigados na Famintos.
Segundo o Jornal da Paraíba, os nomes não foram divulgados pela PF. Um deles estava morando na cidade de Sumé, no Cariri. Os dois seriam ligados à Secretaria de Educação do município.
A ação de hoje foi semelhante à 4ª fase da investigação, quando foram alvos diretores escolares suspeitos de receberem propina de empresários investigados no suposto ‘esquema’.
No caso de hoje, os servidores estão sendo investigados por corrupção passiva; enquanto os empresários deverão ser enquadrados no crime de corrupção ativa.
PMCG diz que está colaborando com investigações
Através de uma nota, a Prefeitura de Campina Grande informou que está colaborando com as investigações feitas durante a Operação Famintos.
“O posicionamento da PMCG é exatamente o mesmo, desde o início: cooperação total e irrestrita às investigações e integral apoio ao funcionamento das instituições, porque o Município é o maior interessado no esclarecimento dos fatos”, diz a nota.
A Operação Famintos
A primeira fase da operação foi deflagrada em julho de 2019. De lá para cá, 16 empresários já foram condenados em primeira instância na Justiça. Eles recorreram da decisão ao TRF5.
Na Famintos os investigadores apuram fraudes em contratos de R$ 25 milhões, firmados entre a prefeitura e empresas para o fornecimento de merenda escolar. Alguns dos empreendimentos eram de ‘fachada’, de acordo com o MPF.
Até agora, nenhum dos servidores de Campina Grande foi denunciado pelo MPF. Concluída essa 5ª fase, porém, é possível que o MPF firme o entendimento sobre denunciar, ou não, os investigados desse núcleo.
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