A fundação gestora do Hospital e Maternidade Flávio Ribeiro Coutinho foi condenada a pagar uma indenização no valor de R$ 50 mil por erro médico durante a realização de um parto normal. Segundo a decisão, publicada nesta terça-feira (12), o erro da condenada, a Fundação Governador Flávio Ribeiro Coutinho, acarretou em severas sequelas ao bebê, com paralisia do plexo braquial.

O G1 procurou o Hospital e Maternidade Flávio Ribeiro Coutinho para comentar o caso, mas até a publicação desta matéria, não houve retorno.

De acordo com a decisão, em três de setembro de 2011, a mulher deu entrada na maternidade em trabalho de parto. Um quadro prévio de diabetes gestacional, indicativo de bebê GIG, já havia sido detectado por ocasião do pré-natal e da recomendação de parto cesariano. Mesmo assim, a equipe médica forçou o parto normal, o que, após horas de espera e sofrimento, resultou em lesões na mãe e no bebê, que nasceu com 5.180kg, apresentando um quadro de paralisia completa do plexo braquial à direita.

Na primeira instância, a Fundação Governador Flávio Ribeiro Coutinho foi condenada ao pagamento, em favor dos autores, de uma indenização, por danos morais, no valor de R$ 30 mil. Foi, então, interposto recurso para majorar o valor da indenização. A decisão foi da Primeira Câmara Especializada Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba.

O relator do processo foi o desembargador José Ricardo Porto. Ele entendeu que o valor fixado na sentença mostra-se diminuto para compensar o abalo sofrido, cujas sequelas e consequências são irreversíveis. Segundo ele, o montante de R$ 50 mil mostra-se mais apropriado para compensar o sofrimento causado.

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