O governador João Azevêdo (Cidadania) tem sido categórico ao afirmar que, nesse instante, é “absolutamente prematuro” projetar algum tipo de flexibilização das medidas de isolamento social no Estado. Os números e o avanço da Covid-19 embasam o discurso dele. A Paraíba já tem mais de 2,5 mil casos confirmados da doença e 139 mortes. Os números crescem a cada dia. O Estado está numa situação mais ‘confortável’ do que seus vizinhos, Ceará e Pernambuco, por exemplo, mas não pode deixar que o vírus provoque um colapso no sistema de saúde.

Segundo o Jornal da Paraíba, as regras de isolamento social, que proíbem a abertura de parte do comércio e a realização de eventos com aglomeração de pessoas (como cultos e missas) têm validade até o dia 18 deste mês. Dependendo do cenário até lá, não é surpresa se a quarentena for estendida.

“Absolutamente prematuro. Temos uma curva ascendente. Pensar em flexibilização é muito difícil. Você não pode fechar o comércio em cidades sem nenhum caso. Mas teve caso, tem que tomar medidas de isolamento. É importante que a população ajude nesse momento ficando em casa”, argumentou o governador, durante entrevista na Rádio CBN.

Um outro ponto, que precisa ser encarado, é o cumprimento das medidas. As estimativas são de que pouco mais de 40% da população paraibana esteja respeitando a quarentena. É urgente que, diante do descumprimento, os gestores públicos adotem medidas mais rígidas para ‘retirar do papel’ os decretos editados.Na região de João Pessoa, nos últimos dias, isso tem funcionado. Depois de interditada, a orla tem registrado um fluxo bem menor de pessoas. Nas demais cidades, onde o avanço dos casos tem se mostrado preocupante, é preciso seguir o exemplo.

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