Um discurso emocionado do presidente Jefferson Kita marcou o encerramento da sessão ordinária da última terça-feira (10), que marcou a aprovação do pedido de intervenção do Tribunal de Contas do Estado junto ao governador João Azevêdo, aprovado pelo pleno da corte no último dia 4.
Para Kita, o momento foi histórico e muito importante para o parlamento, visito que a Câmara Municipal vinha se destacando de forma “pejorativa” no cenário estadual, na imprensa e nas redes sociais por arquivar os processos que pediam o afastamento do prefeito Berg Lima, fruto de denúncias protocoladas na Casa, que, mesmo julgados procedentes pela maioria plenária, não logravam êxito por não alcançar os votos de dois terços dos vereadores.
“Esta Casa deu uma resposta ao povo da nossa cidade. Quero parabenizar a estes dez guerreiros, dez heróis, que tiveram coragem de pedir intervenção para libertar Bayeux desse caos administrativo, político que o prefeito transformou a cidade. Tudo que foi ruim no cenário nacional Bayeux foi alvo”, pontuou.
O presidente lamentou o pedido de intervenção, mas considerou necessário para resolver os graves problemas gerados pela administração Berg Lima, desde o episódio da sua prisão, em julho de 2017.
“Infelizmente, nos seus 60 anos de história, Bayeux tem um pedido de intervenção do Tribunal de Contas, essa Câmara mostrou a responsabilidade de libertar Bayeux desse lamaçal”, disse.
Assista ao discurso de Jefferson Kita, na íntegra:
Nesta quarta-feira (11), o relator do processo do pedido de interação no TCE-PB, conselheiro André Carlo Torres, negou recurso interposto por Berg Lima que pedia a sua reconsideração, afirmando ser “inadmissível” o tipo de ação perante um pedido de intervenção já formulado e aprovado pelo pleno da corte.
Na terça (10), a promotora Maria Edligia Chaves Leite, protocolou junto à 4ª Vara Mista de Bayeux pedido de execução provisória da decisão em primeira instância, já confirmada pela 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, que afasta o prefeito bayeuxense por crime de improbidade administrativa.
Dentre os argumentos da promotora, ela diz ser “imprescindível que seja mantido seu afastamento do cargo de prefeito anteriormente fixado por este Juízo e ratificado pela segunda instância, pois o gestor não tem condições de lidar com o dinheiro público, notadamente porque se utiliza do cargo para obter vantagens pessoais indevidas”.
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