O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse há pouco, em entrevista coletiva, que só abrirá a sessão que decidirá pelo afastamento ou não do paraibano Wilson Santiago (PTB), se houver quórum alto na Casa.
“Para abrir uma sessão dessa precisa de um quórum alto, se depois o deputado que deu presença não votar, é um direito dele. A presença para abrir a sessão não vai ser de 257 votos. Ninguém pode transferir para o presidente da Câmara uma decisão que é do plenário. Tem que ser um número bem alto”, afirmou.
Segundo o MaisPB, Maia disse ainda que irá decidir sobre quem ficará com a relatoria do processo, inicialmente distribuída para o deputado Fábio Trad, do PSD-MS.
“Vai ser uma votação com muita transparência, voto aberto, cada deputado terá o direito de colocar a sua posição, não é um tema simples. Cada um tem que ter sua responsabilidade os motivos da decisão do ministro Celso de Mello e decidir de forma independente”, declarou.
No dia 21 de dezembro do ano passado, Celso de Mello afastou o deputado Wilson Santiago do cargo a pedido do Ministério Público em razão da Operação Pés de Barro, deflagrada no mesmo dia. Jurisprudência do STF sobre o caso do ex-senador Aécio Neves determina que, em caso de suspensão do mandato pelo Supremo, a Casa do parlamentar deve ser ouvida para chancelar ou não a decisão.
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