A língua inglesa está presente nas escolas brasileiras, mas na prática, poucos estudantes realmente aprendem a língua e, sem apoio de cursos de idiomas, a fluência é um sonho distante. Para tentar entender onde estão as falhas desse processo, o British Council apresenta o estudo Políticas Públicas para o Ensino do Inglês.
Essa pesquisa traça um amplo panorama do ensino de inglês na rede pública brasileira. As aulas de inglês se tornarão obrigatórias no próximo ano por conta das mudanças na Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional que contemplam a BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
Os dados quantitativos foram coletados a partir dos Censos Escolares de 2015 a 2017, produzidos pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério da Educação).
“Observamos as crianças e adolescentes da rede pública estudam inglês por 7 anos, mas, mesmo assim, não dominam o idioma”, explica Cintia Toth Gonçalves, gerente sênior de inglês do British Council. “A pesquisa nos ajuda a entender o cenário atual com base em evidências para ter elementos para melhorar o ensino da língua.”
Entre os aspectos analisados estão as políticas públicas para o ensino do inglês em cada estado do país, o currículo e como é a formação dos professores. Um dos pontos observados na pesquisa é que a estrutura de ensino ainda é muito focada na gramática e não na prática social. Muitos professores não têm domínio da língua.