O Ministério da Saúde anunciou a incorporação de medicamentos e vacinas ao SUS (Sistema Único de Saúde) para prevenir complicações causadas pelo VSR (vírus sincicial respiratório), uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês, como a bronquiolite.
A partir de agora, o medicamento monoclonal niservimabe estará disponível para bebês prematuros e crianças de até dois anos. Além disso, será oferecida vacina para gestantes, com o objetivo de proteger os recém-nascidos durante os primeiros meses de vida.
De acordo com a Agência Brasil, o VSR é um dos principais agentes etiológicos que causam infecções respiratórias em grávidas e crianças menores de 2 anos no Brasil. O vírus é responsável por 80% das bronquiolites (inflamação aguda dos bronquíolos terminais, que são pequenas ramificações que conduzem o ar para dentro dos pulmões) e 60% das pneumonias (infecção dos pulmões), segundo a Secretaria de Atenção Primária à Saúde.
Entre 2018 e 2024, foram registradas 83.740 internações de bebês prematuros (menos de 37 semanas) devido a complicações relacionadas ao vírus, como bronquite, bronquiolite e pneumonia.
De acordo com a pasta, até então, a principal opção disponível para a prevenção do vírus no SUS era o palivizumabe, destinado a bebês prematuros extremos, com até 28 semanas de gestação e crianças com até dois anos de idade que apresentassem doença pulmonar crônica ou cardiopatia congênita grave.
Com a incorporação do medicamento, a expectativa é ampliar a proteção para 300 mil crianças a mais do que o protocolo atual. Já a vacina para gestantes tem potencial para beneficiar cerca de 2 milhões de nascidos vivos.
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