‘Nenhum prefeito será discriminado por não ser do meu partido’, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (11), que diferentes posições ideológicas não vão afetar o apoio do governo a prefeituras. A posição veio em discurso no Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília.

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“Quero que tenha a certeza absoluta de que, enquanto for presidente, nenhum prefeito será discriminado por não ser do meu partido, porque não votou em mim, porque falou mal de ministros. Nós faremos pelo povo da cidade”, declarou.

De acordo com o R7, Lula também exaltou o convite feito pelo governo para chefes do Executivo municipal para irem a Brasília, e afirmou que a posição difere de outras gestões políticas.

“É bom ver o avanço do processo democrático. Para um prefeito recém-eleito, em que vem pela primeira vez no encontro com governo federal, pode achar que é uma coisa trivial, que acontece sempre. E não é verdade. Isso demorou muito tempo para acontecer. Nesse querido país chamado Brasil, houve tempo em que prefeito não era recebido por presidente e muitas vezes quem recebia os prefeitos eram policiais armados e com cães policiais”, disse.

Ao longo das declarações, Lula também citou investimentos à Educação e prevê um avanço na alfabetização infantil. “Eu tenho fé que até 2030 vamos alfabetizar mais de 80% das crianças até o segundo ano do ensino fundamental”, pontuou.

O evento de abertura deu tom ao início do encontro que seguirá por três dias e contou com a presença de ministros, além dos presidentes da Câmara e do Senado – Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), respectivamente.

Ambos prometeram apoio do Congresso para pautas de prefeitos, em destaque ao aumento de recursos a cidades.

Motta citou o avanço da proposta que permite a renegociação de dívidas da Previdência. Enquanto Alcolumbre defendeu mais recursos previstos no Orçamento.

Ao longo das declarações, o presidente do Senado também citou o envio de emendas parlamentares e posicionou para monitoramentos a todos os Poderes.

“Como qualquer outro recurso público, as emendas devem estar submetidas ao controle dos órgãos responsáveis, seja no próprio Legislativo, seja no Executivo ou no Judiciário. E também devem ser inseridas no contexto de equilíbrio das contas públicas e estabilidade fiscal”, declarou.

Foto: Marcelo Camargo.