Os Estados Unidos realizaram ao longo do mês de janeiro 109 voos de deportação de imigrantes, mostram dados compilados das autoridades migratórias obtidos pela CNN.
O número fica abaixo da média registrada ao longo do último semestre e é menor do que o índice visto no mesmo mês em 2024.
O relatório foi produzido por Tom Cartwright, que rastreia os dados do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE, na sigla em inglês) para o grupo ativista “Witness at the Border”.
Veja a lista de voos de deportação por países:
Guatemala – 31 voos
Honduras – 24 voos
México – 14 voos
Colômbia – 12 voos
Equador – 9 voos
El Salvador – 8 voos
Peru, República Dominicana, Nicarágua, Brasil – 2 voos cada
Jamaica, Cuba e China – 1 voo cada
Total: 109 voos
O especialista destaca que 65 voos aconteceram ainda durante o governo democrata de Joe Biden e 44 ocorreram após a posse do presidente republicano Donald Trump.
Cartwright também chama atenção ao fato de que, dos 109 voos de deportação, oito aconteceram em cargueiros Boeing C-17 da Força Aérea dos EUA: quatro para a Guatemala, dois para Honduras, um para o Equador e um para o Peru.
Todas as deportações em aeronaves militares no mês de janeiro aconteceram no governo Trump.
O número poderia ter sido maior, mas dois voos que partiram de San Diego, na Califórnia, com destino à Colômbia tiveram que retornar após a recusa do presidente Gustavo Petro em recebê-los, citando preocupações com as condições dos migrantes.
Petro enviou nos dias seguintes três aeronaves presidenciais para trazer os deportados a Bogotá.
O índice de voos de deportação dos EUA registrado em janeiro é 14% menor do que os 127 voos de dezembro. O número também fica 12% abaixo da média do último semestre, que é de 124 voos por mês, e abaixo dos 130 voos registrados em janeiro de 2024.
“A proporção de voos de deportação para a América do Sul foi de 23%, um pouco acima dos 17% em dezembro”, apontou Cartwright.
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