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Presidente de Honduras cancela reunião de países latinos por ‘falta de consenso’

A presidente de Honduras, Iris Xiomara Castro de Zelaya, informou nesta quarta-feira (29) ter cancelado a reunião dos países que formam a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), para debater diversos temas, entre eles a imigração.

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De acordo com o R7, o encontro entre as nações estava previsto para quinta-feira (30). De acordo com a chefe de Estado, o cancelamento ocorre por “falta de consenso”.

“É importante destacar e reiterar que a CELAC, como mecanismo representativo de consulta política, cooperação e integração dos Estados latino-americanos e caribenhos, só adota decisões por consenso. E Honduras incentivaram o cumprimento de objetivos comuns para alcançar a integração e a unidade regionais, incluindo a cooperação entre os países membros frente a frente com outros países, blocos de países ou atores internacionais”, disse Xiomara.

A reunião havia sido marcada após o embate entre Donald Trump e Gustavo Petro. Isso porque os Estados Unidos deportaram dezenas de colombianos em voo, com algemas. A medida não foi bem-recebida pela Colômbia, que não aceitou a aeronave. O episódio fez com que o Trump anunciasse diversas sanções contra o país sul-americano. E o mesmo foi feito contra os EUA.

Petro, então, solicitou um encontro dos países latinos para discutir a questão imigratória, com ênfase nas decisões de Trump. O pedido foi atendido por Honduras, que preside a Celac de forma temporária. A reunião tinha caráter de urgência e seria realizada na capital Tegucigalpa. Entre os itens da pauta, estão migração, meio ambiente e unidade latino-americana e caribenha. Todos os presidentes e chefes de Estado que compõem a comunidade foram convidados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não tinha confirmado se prticiparia presencialmente ou por vídeo. Nas redes sociais, a presidente de Honduras afirmou que as deportações de cidadãos são uma preocupação, “que deve ser abordada com objetividade e responsabilidade”. Em nota, Xiomara afirma que vai continuar buscando consenso.

Celac

A Celac é formada pelos seguintes países: Antígua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dominica, Equador, El Salvador, Granada, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia, Ilha de São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadina, Trindade e Tobago, Uruguai e Venezuela.

O retorno à Celac foi o primeiro ato de política externa de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desde que assumiu o terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto. A medida foi comunicada aos demais países do bloco em janeiro de 2023. O Brasil tinha saído desse fórum em 2019, na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Agora, o espaço é usado para dar força aos países da região sul-americana e caribenha.

De acordo com o site do grupo, o objetivo é promover a integração regional, desenvolvimento sustentável e cooperação política. “Posicionar a região para eventos de âmbito internacional, promover diálogo com outros Estados e organizações regionais, promover instituições para cooperação e comunicação entre organizações”, diz trecho.

Foto: Reprodução Google.

 

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