O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nessa segunda-feira (30) o decreto que estabelece o valor do salário mínimo para 2025 em R$ 1.518 — R$ 106 a mais que a quantia deste ano. De acordo com o R7, o novo valor começa a valer em janeiro de 2025 e impacta no salário dos trabalhadores a partir de fevereiro.
O aumento foi feito com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e seguiu a regra para reajuste em até 2,5% acima da inflação. A lei que prevê essa norma foi sancionada por Lula para limitar as readequações salariais para não ultrapassarem a inflação e se manterem dentro dos limites do arcabouço fiscal até 2030.
Dessa forma, os novos cálculos levam em conta a soma de 4,84%, correspondente à inflação acumulada em novembro nos últimos 12 meses, segundo o INPC, e o PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos atrás, limitado a 2,5%.
Com isso, o salário teve um aumento real, ou seja, cresceu de maneira conjunta com os preços, o que não causa grandes impactos no poder de compra da população.
“O que podemos garantir é que enquanto formos governo nesse país, os trabalhadores vão receber um salário mínimo além daquilo que é a inflação. É um compromisso nosso, um compromisso histórico, uma prática que já deu certo durante tantos anos e a gente vai continuar fazendo”, afirmou Lula, ao assinar o decreto.
“Eu acho que precisamos cuidar com muito carinho, porque é, na minha opinião, a melhor forma de distribuição de renda que a gente pode ter no Brasil. E a gente vai continuar tentando melhorar a cada ano. Portanto, continuem sonhando e vamos tentar continuar realizando o sonho de vocês”, concluiu o presidente.
Impactos no INSS e outros benefícios
O cálculo dos benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é diretamente afetado pelo valor do salário mínimo, assim como pensões, seguro-desemprego, abono salarial e BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Apenas em novembro, mais de 28 milhões de brasileiros receberam até um salário mínimo como remuneração, segundo o INSS.
Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostram que 60,3 milhões de pessoas são beneficiadas com base no piso salarial.
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