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Datafolha: 69% dizem preferir a democracia no Brasil; 8%, ditadura

Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (18) pelo jornal “Folha de S.Paulo” aponta que 69% dos brasileiros consideram a democracia como a melhor forma de governo. Outros 8% julgam que, em certas circunstâncias, é melhor uma ditadura. Para 17%, tanto faz.

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Em relação ao levantamento anterior, feito em março, esses números variaram dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos:

-69% dizem que a democracia é sempre melhor que qualquer outra forma de governo (eram 71% no levantamento anterior);
-17% dizem que tanto faz se o governo é uma democracia ou uma ditadura (eram 18%);
-8% dizem que em certas circunstâncias, é melhor uma ditadura do que um regime democrático (eram 7%);
-e 6% não souberam responder (eram 5%).

De acordo com o g1, o levantamento foi feito nos dias 12 e 13 de dezembro com 2.002 eleitores em 113 municípios do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.

A parcela que diz preferir a democracia neste levantamento é a menor desde outubro de 2022, quando era 79% — ano com maior apoio ao regime democrático desde 1989, quando houve a primeira eleição presidencial após a ditadura militar.

Homens apoiam mais a democracia do que mulheres

Segundo o Datafolha, quando observada a amostra da pesquisa relacionados à gênero, homens são os que mais demonstraram apoio à democracia, sendo 74%, ante 64% entre as mulheres.

Já no segmento da escolaridade, aqueles com nível superior que apoiam a democracia são 87%, enquanto os menos instruídos representam 56%.

Aquele que ganham mais de cinco salários mínimos são mais favoráveis à democracia, com 80%, do que quem ganha até 2 salários mínimos, 61%.

52% acham que não há chance de uma nova ditadura

O Datafolha também perguntou aos entrevistados sobre se acreditam que há chance de a ditadura voltar a ser o regime brasileiro.

A maior parte dos entrevistados, 52%, disseram crer que não há nenhuma chance de o Brasil se tornar uma ditadura, segundo o instituto. Os que acreditam que há muita chance são 21%, mesma parcela que aqueles que creem que há pouca chance.

Maioria acha que houve grande risco de golpe após eleição de 2022

Em 8 de janeiro de 2023, centenas de pessoas insatisfeitas com a vitória de Lula e sua posse, que aconteceu sete dias antes, invadiram e depredaram as sedes dos três poderes em Brasília após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o petista no pleito de 2022. A Polícia Federal investiga um possível planejamento para usurpar o poder e matar autoridades.

Por causa disso, o instituto também perguntou aos entrevistados sobre se o Brasil correu grande risco de sofrer um golpe de Estado na ocasião:

-43% diz que correu grande risco;
-17% diz que correu risco médio;
-8% diz que correu risco pequeno;
-25% diz que não correu risco:
-e 7% não sabe;

Foto: Reprodução Google.

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