Uma reunião entre o STF (Supremo Tribunal Federal), o Congresso Nacional e o Iphan (Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), para discutir mudanças no esquema de segurança na área central de Brasília, está marcada para a tarde desta segunda-feira (18). O encontro ocorre após o atentado ocorrido na última quarta-feira (13), quando uma série de explosões foi registrada por volta de 19h30 nas proximidades da Praça dos Três Poderes.
O responsável pelos atos, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal) ao detonar uma bomba. Ele era morador de Santa Catarina e foi candidato a vereador em 2020 no município catarinense de Rio do Sul, pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o R7, o edifício do STF segue cercado com grades e as visitações públicas permanecem suspensas. As medidas não devem ser flexibilizadas em 2024. A previsão é que os protocolos sejam reavaliados ao longo dos próximos meses. As sessões de julgamentos estão mantidas, mas com acesso restrito a advogados das partes e jornalistas previamente credenciados. Todos são submetidos a um esquema de segurança rigoroso.
Antes disso, qualquer cidadão podia acompanhar as votações no plenário, que tem capacidade para acomodar 170 pessoas sentadas. Também era comum a participação de estudantes de Direito nas sessões de julgamento. As grades que cercam novamente o STF haviam sido retiradas em fevereiro, em um ato simbólico que reuniu os chefes dos três Poderes, após a invasão e depredação no 8 de Janeiro.
O tribunal suspendeu ainda o programa de visitação aberto ao público, o “STF de portas abertas”. A visita guiada ao edifício podia ser feita em grupos de até 12 pessoas ou individualmente, mediante agendamento. As medidas de segurança não são divulgadas para não dar vantagem a agressores em potencial. O prédio é monitorado e protegido pela Polícia Judicial.
Polícia Federal e Polícia Civil do DF investigam o caso
A Polícia Federal informou que abriu uma investigação sobre as explosões. “Um inquérito policial será instaurado para apurar os ataques. Foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, peritos e o Grupo Antibombas da instituição, que estão conduzindo as ações iniciais de segurança e análise do local”, disse a PF.
Por meio de nota, a Polícia Civil do Distrito Federal comunicou que policiais da 5ª Delegacia de Polícia foram ao STF para analisar o episódio. “A PCDF já deu início às primeiras providências investigativas e a perícia foi acionada ao local”, disse a corporação.
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