O ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, concedeu uma entrevista exclusiva à jornalista Tainá Farfan neste domingo (17). Costa está no Rio de Janeiro, onde acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas agendas do G20.
Na entrevista, Costa destacou que o pacote fiscal prometido pelo governo federal está quase pronto e deve ser anunciado nos próximos dias. “Eu diria que está pertinho de ser anunciado, porque as equipes estão trabalhando de forma intensa”, disse, mas “o tempo de anúncio é evidente que quem vai definir é o presidente da República”, completou.
Segundo ele, são várias as medidas que vão ser anunciadas. “Olha, eu diria que as diretrizes principais já foram definidas pelo presidente. O principal é ter um equilíbrio entre o crescimento no horizonte das despesas com os da receita. Ou seja, você equilibrar despesa e receita ao longo do tempo”, ressaltou.
De acordo com o R7, o único que ele adiantou é que terá uma caça a quem frauda os programas sociais. “Nós vamos verificar se existe, e quantos são esses, que na tentativa de ter uma renda adicional fraudam programas importantes”, disse acrescentando que não será mexido na previdência.
Rui Costa, que mais cedo participou da reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também disse na entrevista que a previsão de anúncio do acordo Mercosul-União Europeia está mantida para início de dezembro. Mas que ainda há uma resistência da França em aderir ao tratado.
“Acho importante afirmar que o Brasil está pronto para assinar, que os países do Mercosul, até este momento, não tem nenhum colocando objeção objetiva sobre o acordo. Ou seja, todos os países do Mercosul estão referendando o acordo. A resistência é da Europa, especialmente da França”, explicou.
Segundo ele, apesar de notícias na mídia indicarem uma suposta resistência da Argentina, o país não se manifestou contrário ao acordo. “Nós vimos recentemente que o presidente francês visitou a Argentina, provavelmente, para dialogar sobre alternativas, mas, por enquanto, isso não é público, e nem Argentina formalizou nenhuma objeção. Então até aqui, a única objeção pública é da França em relação à assinatura desse acordo”, completou.
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom.