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Irmãos que ameaçaram Moraes e familiares do ministro cometeram crime contra o estado democrático, diz Polícia Federal

A Polícia Federal concluiu uma investigação sobre ameaças contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e familiares.

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Para os investigadores, os responsáveis – um sargento da Marinha do Brasil e o irmão dele – cometeram crime de tentativa de abolição do estado democrático de direito, cuja pena é de quatro a oito anos de reclusão, além das punições previstas para os crimes de ameaça e perseguição.

Quando uma pessoa é indiciada não significa que ela de fato cometeu o crime em investigação e será condenada, mas que há elementos da suposta prática de atos ilegais.

De acordo com o g1, a investigação foi concluída nesta segunda-feira (4). Segundo comunicado da PF, divulgado nesta terça (5), o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira e o irmão dele, Oliverino de Oliveira Júnior, teriam enviado 41 e-mails com ameaças.

As mensagens teriam sido encaminhadas pelos indiciados ao escritório da esposa do ministro a partir de 25 de abril deste ano.

“Para perpetrar a ação, eles [o militar e o irmão] criaram duas contas de e-mail e, a partir destas, diversas outras, com intuito de encobrir quem de fato praticava os crimes”, diz nota da PF.

“Os indiciados, com emprego de grave ameaça, buscaram atingir o ministro do STF para, assim, restringir o exercito da atividade jurisdicional, caracterizando o crime de abolição ao Estado Democrático de Direito”, completa o comunicado.

Em maio, Raul Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Júnior foram presos preventivamente pela Polícia Federal em razão das ameaças (relembre no vídeo acima).

Na ocasião, as prisões foram autorizadas pelo próprio ministro Alexandre de Moraes a pedido da Procuradoria-Geral da República.

A defesa dos investigados nega as acusações e diz esperar o arquivamento do caso.

Foto: LR Moreira.

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