A PF (Polícia Federal) realiza uma operação, nesta quarta-feira (30), no contexto da investigação que apura a filiação junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indevida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. O órgão cumpre um mandado de busca e apreensão, em Mato Grosso do Sul.
De acordo com o R7, a filiação indevida ocorreu em julho de 2023. Na ocasião, o TSE havia detectado que a senha utilizada para o procedimento seria de uma advogada do PL e levou o caso para a PF. “As investigações iniciaram a partir de notícia-crime oriunda do Tribunal Superior Eleitoral após identificar que o nome do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, havia sido filiado ao Partido Liberal”, diz o órgão.
De acordo com a PF, não houve propriamente uma invasão ao sistema de filiação partidária e, sim, a realização fraudulenta de pedido em nome de Lula. “Verificou-se que o uso dos dados falsos em nome do presidente teve início já no momento inicial do procedimento de filiação, quando o cidadão interessado em se filiar acessou o formulário digital em aba específica no sítio oficial do partido político, preenchendo diversas informações pessoais”, diz a corporação.
Entre as informações inseridas no sistema pelo funcionário do PL estão dados pessoais, políticos, selfie, endereço, telefone, e-mail, entre outros. Em tese, os investigados podem responder pelo crime de invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e falsa identidade. “A investigação terá continuidade para identificar eventuais outras fraudes que foram cometidas e a motivação dos criminosos”, finaliza.
Foto: Gabriela Biló.