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Governo prorroga atuação da Força Nacional no combate a incêndios florestais no AM

O MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) prorrogou a atuação da Força Nacional no combate a incêndios florestais no Amazonas. Segundo a portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (27), os agentes devem permanecer na região por mais 73 dias, entre 3 de outubro e 14 de dezembro deste ano. O Brasil lidera o ranking global de focos de incêndio no mês de setembro. De acordo com dados do Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), entre 1º e 25 de setembro, foram registrados 77,3 mil incêndios em todo o território nacional, o que representa 31% do total mundial.

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De acordo com o R7, os batalhões já estão atuando nos municípios de Humaitá, Apuí, Boca do Acre, Lábrea e Novo Aripuanã. “O contingente a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pela Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, diz a portaria.

Queimadas

Os números do Brasil são mais que o dobro do segundo colocado no ranking de queimadas, Angola, que contabilizou 34 mil focos de incêndio, correspondendo a 13% do total. Em seguida, estão a Bolívia, com 28 mil focos (11%), e a República Democrática do Congo, com 20 mil focos (8%). Setembro já superou o número de focos de incêndio registrados em agosto e se tornou, até o momento, o mês com o maior número de queimadas deste ano.

No Brasil, a Amazônia é a região mais afetada, concentrando 50% das áreas atingidas pelo fogo no país. Entre os estados, Mato Grosso lidera o ranking de focos de incêndio no mês, com 18,8 mil registros, seguido pelo Pará, com 16,6 mil, e Tocantins, com 6,5 mil. O município com o maior número de queimadas no período é São Félix do Xingu, no Pará, localizado a 1.050 quilômetros de Belém, que registrou 39,3 mil focos de incêndio.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória liberando R$ 514 milhões para combater queimadas, especialmente na Amazônia. Os recursos serão destinados ao Ministério do Meio Ambiente para fortalecer o monitoramento e o combate aos incêndios, com o apoio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), incluindo a contratação de brigadistas e o uso de viaturas e aeronaves.

Dados da União Europeia

As queimadas atingiram o pior patamar em quase duas décadas, segundo um relatório da Copernicus, instituição que faz parte do Programa Espacial da União Europeia.

No nível nacional, as emissões de carbono no Brasil chegaram a 183 megatoneladas até 19 de setembro. O monitoramento aponta que, apenas nos estados do Amazonas e Mato Grosso do Sul, os números chegaram a 28 e 15 megatoneladas, respectivamente.

Foto: Daniel Beltrá.

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