O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que o Brasil deve ser o grande protagonista mundial na área de inteligência artificial. A declaração foi dada nesta quinta-feira (26) durante agenda em São Paulo. Na ocasião, a empresa Microsoft anunciou investimentos de cerca de R$ 15 bilhões no país, nos próximos três anos, para expansão da sua infraestrutura de computação em nuvem e IA, por meio de datacenters.
“O Brasil precisa de investimento. Nós devemos ser o grande protagonista na área de inteligência artificial, porque o grande gargalo da inteligência artificial no mundo todo é energia. É alta consumidora de energia, e energia limpa e renovável. E o Brasil é o campeão: 50% da nossa matriz energética é renovável e 93% da eletricidade é renovável”, disse Alckmin.
De acordo com o R7, o vice-presidente comentou o anúncio de investimento feito pela empresa norte-americana. “Investimentos em capacitação, levando conhecimento para a população e estimulando o empreendedorismo e inovação. Então é um grande dia com o anúncio da Microsoft de investir no Brasil R$ 15 bilhões. Isso se soma aos R$ 85 bilhões que já estavam anunciados e vamos passar então de R$ 100 bilhões de investimento na chamada missão 4 da Nova Indústria Brasil, que é a transformação digital.”
Plano de R$ 23 bilhões
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, no final de julho, a proposta do primeiro plano brasileiro de inteligência artificial. São 54 ações distribuídas em cinco eixos: infraestrutura e desenvolvimento; difusão, formação e capacitação; inteligência para melhoria dos serviços públicos; inteligência para inovação empresarial e apoio ao processo regulatório e de governança.
Diversas nações injetam recursos na inteligência artificial, como Estados Unidos (R$ 63 bilhões), China (R$ 306 bilhões), Itália (R$ 6 bilhões), Reino Unido (R$ 18 bilhões), Alemanha (R$ 29 bilhões) e França (R$ 14 bilhões). No caso brasileiro, a projeção é de R$ 23 bilhões. Segundo o plano, está prevista a aquisição de um supercomputador especializado, ao custo de R$ 1,8 bilhão.
Foto: Júlio César Silva.