Há pouco mais de um ano o submersível Titan, com cinco pessoas, tentava chegar aos destroços do Titanic no fundo do Oceano Atlântico quando implodiu, no dia 18 de junho, matando todos a bordo. E a Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou nesta segunda-feira (16) a primeira imagem de uma parte do veículo repousando no fundo do mar.
O que se vê na foto acima é a traseira do Titan. Segundo a descrição da Guarda Costeira, este pedaço foi separado do minissubmarino durante a implosão. Bem próximo do destroço há também uma outra pequena parte do veículo.
Segundo os investigadores, esta parte de trás do Titan foi encontrada a centenas de metros de distância de onde está o Titanic. O objeto foi localizado vários dias após a implosão por um veículo controlado remotamente.
De acordo com o R7, as autoridades revelaram ainda a última mensagem do minissubmarino para o navio que monitorava a expedição. “Derrubei dois pesos” é o que chegou à equipe que estava na superfície. Segundos depois, o contato se perdeu totalmente. O Titan carregava pesos que ajudavam a afundar mais rapidamente no oceano. Em caso de emergência, para subir de maneira mais veloz, era preciso remover os objetos. Foi o que aconteceu, mas não houve tempo para a subida, já que o veículo sucumbiu à pressão externa.
Durante a busca que chegou a esta parte do Titan, também foram encontrados restos mortais dos tripulantes. Testes de DNA comprovaram as identidades das vítimas.
Estas informações foram reveladas pela Guarda Costeira norte-americana durante uma audiência que investiga os motivos da tragédia. O evento continua até o dia 27 de setembro e busca respostas e responsáveis pelo acidente.
RELEMBRE O CASO
Stockton Rush (CEO da OceanGate) embarcou com os bilionários Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, Hamish Harding e com o pesquisador Paul-Henri Nargeolet na expedição que desceria a 4.000 metros de profundidade no Oceano Atlântico para visitar os destroços do Titanic, o famoso navio que afundou em 14 de abril de 1912 após se chocar contra um iceberg.
O desaparecimento do Titan — a base num navio perdeu contato com o submarino minutos após o início do trajeto — virou uma comoção mundial, com a mídia acompanhando minuto a minuto os trabalhos de resgate de equipes do Canadá e Estados Unidos. Ainda não se sabia que o veículo tinha implodido e como havia um tempo de oxigênio disponível, vários esforços foram feitos na tentativa de encontrar os tripulantes com vida.
Inicialmente acreditava-se que o Titan poderia ter ficado preso em algum lugar próximo ao Titanic e a guarda costeira dos EUA chegou a capturar sons vindos do fundo do mar, o que fez com que as buscas fossem intensificadas. Até um robô-submarino francês foi incorporado às buscas.
Mas todos esses esforços que duraram dias foram em vão. Porque o Titan implodiu poucos minutos após submergir e estima-se que isso tenha acontecido a 1.600 metros de distância do Titanic. O minissubmarino, que já havia feito várias viagens ao famoso navio, não suportou a pressão do fundo do mar e implodiu, matando instantaneamente as cinco pessoas que estavam a bordo.
O acidente fez com que todas as expedições da OceanGate fossem interrompidas. Até hoje a empresa não oferece mais este tipo de serviço. Os destroços do Titan foram resgatados para análises mais específicas.
Foto: Reprodução Google.