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Veja quem são os alvos de prisão na operação da PF sobre espionagem ilegal na Abin

A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira (11) cinco mandados de prisão pelas investigações sobre um suposto esquema de espionagem ilegal dentro da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Entre os alvos, está o militar Giancarlo Gomes Rodrigues, que trabalhava como assessor do ex-diretor da agência Alexandre Ramagem, hoje deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro. Em janeiro deste ano, durante outra fase da operação, os agentes federais já tinham encontrado um computador da Abin e celulares na casa de Rodrigues.

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Além de Rodrigues, foram presos o agente da PF Marcelo Araújo Bormevet, o ex-assessor do Ministério das Comunicações Mateus Sposito e Richards Dyer Pozzer. Os agentes ainda tentam a prisão de um quinto alvo. O R7 tenta contato com as defesas, e o espaço permanece aberto.

A ação policial desta quinta ocorreu nas cidades de Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP). Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.

Veja perfis dos alvos

Giancarlo Gomes Rodrigues

É militar do Exército Brasileiro e, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocupava um cargo de assessor na Abin. Durante a primeira fase das investigações, em janeiro deste ano, a PF apreendeu com ele um computador que pertencia à agência.

Mateus Sposito

Atuava como assessor no Ministério das Comunicações durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e assumiu a Coordenação de Vídeo da Presidência da República no início de 2019. Ele ficou no posto até o final de 2022.

Marcelo Araújo Bormevet

Marcelo Araújo Bormevet é agente de PF desde 2005. Atualmente está suspenso de exercer suas funções públicas, em virtude de decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, proferida em 25 de janeiro de 2024, relacionada com a investigação sobre a existência de uma “Abin paralela”.

Em abril deste ano, a Abin confirmou que a CGU (Controladoria-Geral da União) abriu uma investigação sobre Bormevet por ele se ausentar do serviço por mais de 60 dias, entre os anos de 2021 e 2022, quando esteve cedidos à Abin.

O agente também atuou como segurança do então candidato à presidência Jair Bolsonaro em 2018.

Richards Dyer Pozzer

Foi incluído na lista de pedidos de indiciamento feita CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19, realizada no Senado em 2021 para apurar supostas condutas ilegais do então governo Bolsonaro durante a emergência da Covid-19.

Segundo o relatório final do colegiado, o homem foi identificado como “artista gráfico”. Richards era suspeito de disseminar fake news, e a comissão pediu o indiciamento dele por incitação ao crime.

Outros alvos

O R7 teve acesso aos nomes envolvidos na operação desta quinta, já que a PF também realiza buscas em sete endereços. Além disso, a Justiça também autorizou um quinto mandado de prisão, mas não especificou quem seria o alvo. São eles:

Rogério Beraldo de Almeida;
José Matheus Sales Gomes;
Daniel Ribeiro Lemos;
Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho;
Carlos Magno de Deus Rodrigues;
Felipe Arlotta Freitas;
Henrique César Prado Zordan; e
Luiz Felipe Barros Félix.

Foto: Reprodução Google.

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