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Número de empresas no Brasil chega a 9,4 milhões, mostra IBGE

O Brasil tinha 9,4 milhões de empresas e outras organizações formais ativas em 2022. Os dados são do Cempre (Cadastro Central de Empresas), divulgado nesta quinta-feira (20) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Houve uma mudança nos critérios de captação das informações e, em consequência, uma quebra de série. Por isso, não é possível fazer comparações com anos anteriores.

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De acordo com o R7, essas companhias tinham 50,2 milhões de pessoas ocupadas assalariadas. O pessoal ocupado total era de 62,7 milhões de pessoas. Já os sócios e proprietários somavam 12,5 milhões.

Segundo o levantamento, em 2022, havia 2,9 milhões de empresas e outras organizações com pessoas assalariadas (30,4%) e 6,6 milhões de empresas sem pessoas assalariadas (69,6%).

De acordo com o Cempre, empresas e outras organizações com 1 até 9 pessoas ocupadas na estrutura empresarial brasileira representavam 76,8% do total. Já as organizações com 250 pessoas ou mais compreenderam 0,8% das entidades.

Quando se analisa a natureza jurídica das instituições, as entidades empresariais se destacaram por representarem 88,6% do total. Além disso, tiveram 77,1% do pessoal ocupado total, 72,8% do pessoal ocupado assalariado e 63,1% dos salários e outras remunerações.

Apesar de terem somente 0,6% de participação no total de empresas e outras organizações, os órgãos da administração pública absorveram 16,2% do pessoal ocupado total, 20,3% do pessoal ocupado assalariado e pagaram 30,6% dos salários e outras remunerações.

Representando 10,8% do total de organizações, as entidades sem fins lucrativos obtiveram as menores taxas de participação nas variáveis analisadas pela pesquisa, com 6,7% do pessoal ocupado total, 6,9% do pessoal ocupado assalariado e 6,3% dos salários e outras remunerações.

Salários médios

A soma de salários e outras remunerações pagas por empresas e organizações foi de R$ 2,2 trilhões em 2022, em termos reais. Em média, o salário mensal foi R$ 3.542,19, o equivalente a 2,9 salários mínimos.

Os valores mais altos foram verificados na região Centro-Oeste, 3,3 salários mínimos, seguida pelo Sudeste (3,2), Sul (2,8), Norte (2,7) e Nordeste (2,3).

Tanto para os homens, quanto para as mulheres, os maiores salários médios foram pagos pela administração pública (R$ 5.898,68 e R$ 4.659,99, respectivamente). Nessas instituições, o salário médio mensal pago às servidoras públicas representou 79% daquele pago aos servidores do sexo masculino.

As entidades empresariais, por sua vez, registraram os menores valores pagos: R$ 3.407,87 e R$ 2.644,72, respectivamente, para homens e mulheres, sendo que o salário delas representou 77,6% dos salários pagos a eles.

Nas entidades sem fins lucrativos, homens e mulheres receberam, em média, R$ 3.361,37 e R$ 3.074,18, respectivamente, destacando-se como a natureza jurídica com a menor distância salarial entre os sexos, com elas representando 91,5% do salário médio deles.

Quanto ao nível de escolaridade, um trabalhador assalariado sem nível superior recebeu, em média, um terço da remuneração recebida por um trabalhador com curso superior. A maior diferença salarial entre as escolaridades está nas entidades empresariais, com os menos escolarizados recebendo 30,5% da remuneração dos mais escolarizados (R$ 2.325,27 e R$ 7.625,43, respectivamente).

Na administração pública, por outro lado, observa-se a menor diferença, com os sem nível superior recebendo o equivalente a 47,3% daqueles com nível superior (R$ 3.270,88 e R$ 6.912,00, respectivamente).

Atividade econômica

Segundo o estudo, a reparação de veículos automotores e motocicletas registrou as maiores participações em número de empresas (29,1%), pessoal ocupado total (21%) e pessoal ocupado assalariado (19%), enquanto no quesito salários ficou na terceira colocação (13%).

Já as indústrias de transformação ocuparam a segunda colocação em pessoal ocupado total (14,0%), salários e outras remunerações (16,4%) e pessoal assalariado (15,8%).

Sexo e nível de escolaridade

Quanto ao sexo, o pessoal ocupado assalariado era composto por 54,7% de homens e 45,3% de mulheres. Em média, eles receberam R$ 3.791,58, um salário 17% maior do que o delas (R$ 3.241,18).

Na análise por escolaridade, o IBGE verificou que 76,6% do pessoal ocupado assalariado não tinha nível superior, e 23,4% o possuía.

O documento mostra que o pessoal ocupado assalariado com ensino superior recebeu, em média, R$ 7.094,17, cerca de três vezes mais do que aqueles sem nível superior (R$ 2.441,16).

Por região

As 9,4 milhões empresas possuíam 10,6 milhões de unidades locais. A região Sudeste foi responsável por 5,5 milhões das unidades (51,6%), sendo 3,9 milhões sem empregados e 1,5 milhão com empregados.

Em seguida, aparece a região Sul, com 2,1 milhões de unidades locais (19,7%), seguida pelo Nordeste, com 1,7 milhão (15,6%), Centro-Oeste, com 897,3 mil (8,5%) e Norte, com 495,8 mil (4,7%).

Foto: Nelson Almeida.

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