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Inflação volta a acelerar em abril puxada pela alta dos preços de medicamentos e alimentação

A inflação oficial do país voltou a acelerar e ficou em 0,38% em abril, informou nesta sexta-feira (10) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve uma alta de 0,22 ponto percentual em relação a março, quando variou 0,16%. O patamar é o menor para o mês desde 2021.

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No ano, o IPCA acumula alta de 1,80% e, nos últimos 12 meses, de 3,69%, abaixo dos 3,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. O teto da meta estabelecida pelo governo é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em abril de 2023, a variação havia sido de 0,61%.

De acordo com o R7, o resultado deste mês foi influenciado pelos preços ligados à saúde e cuidados pessoais, que tiveram alta de 1,16%. No grupo, o maior impacto veio dos produtos farmacêuticos (2,84%), após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. Destacam-se as altas do antidiabético (4,19%), do anti-infeccioso e antibiótico (3,49%) e do hipotensor e hipocolesterolêmico (3,34%).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em abril. Depois de saúde e cuidados pessoais, os grupos que registraram os maiores impactos foram alimentação e bebidas (0,70%), vestuário (0,55%) e transportes (0,14%). Os demais grupos ficaram entre o -0,26% de Artigos de residência e o 0,48% de Comunicação.

Passagens aéreas mais baratas

Apesar da alta dos transportes, os preços da passagem aérea tiveram recuo de 12,09%. Em janeiro, este foi o subitem com maior impacto individual no índice (-15,24%). No ano passado, os bilhetes aéreos haviam puxado a inflação para cima, com alta de 47,24% entre janeiro e dezembro de 2023.

Preço dos combustíveis

Em abril, entre os combustíveis (1,74%) pesquisados, etanol (4,56%), gasolina (1,50%) e óleo diesel (0,32%) tiveram alta, enquanto gás veicular (-0,51%) registrou recuo nos preços.

Inflação por região

Quanto aos índices regionais, todas as regiões, com exceção de Fortaleza (-0,15%), tiveram alta em abril. A maior variação foi registrada em Aracaju (0,78%). Moradores de Porto Alegre, Salvador, Recife, Brasília, São Luís, Belo Horizonte e Vitória também sentiram impacto mais forte dos preços em abril, já que tiveram reajustes iguais ou acima da média brasileira.

Já o menor resultado – depois de Fortaleza – foi registrado no Rio de Janeiro (0,15%).

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 29 de março e 30 de abril de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 1º de março a 28 de março de 2024.

INPC

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) — que considera o custo de vida das famílias com renda entre um e cinco salários mínimos — teve alta de 0,37% em abril, acima do resultado observado em março (0,19%).

No ano, o índice acumula alta de 1,95% e, nos últimos 12 meses, de 3,23%, abaixo dos 3,40% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2023, a taxa foi de 0,53%.

Foto: Humberto Teski.

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