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Violência contra mulher gera mais de 6 mil medidas protetivas na Paraíba em 2023, revela delegada

A redução dos números da violência contra a mulher na Paraíba é motivo de comemoração, mas essa diminuição ainda não representa o fim desse ciclo que tem levado tantas mulheres à morte. No Dia Internacional da Mulher, a delegada geral adjunta da Polícia Civil Cassandra Duarte, afirmou que a situação é preocupante. “É tão grave a questão da violência que, só ano passado, nós tivemos 6.445 medidas protetivas pela Polícia Civil”, ressaltou, no programa Arapuan Verdade desta sexta-feira (8), como acompanhou o ClickPB.

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“Temos braços para conseguir dar eficiência porque esse é um serviço que vai crescendo conforme a demanda. É uma violência invisibilizada, ou seja, existe e as mulheres estão no ciclo de violência e, consequentemente, desencorajadas a procurar. Quando ela vai procurar, isso dá resultado”, constatou.

Cada dia mais, segundo a delegada, a Paraíba demonstra que está diminuindo o número de mortes de mulheres. Por outro lado, observou que vem crescendo o número de feminicídios, o que considera preocupante. “E o que é o feminicídio? Na hora que tem uma investigação, a mulher morreu, foi assassinada, na investigação se consegue atribuir ou que ela foi morta por uma violência doméstica ou pelo menosprezo à condição de mulher. Ou seja, isso é o que é grave e pelo que temos que lutar. Temos que conseguir diminuir muito, por conta das medidas protetivas, o número de mulheres mortas, mas ao mesmo tempo, começamos a perceber que, de fato, a maior motivação pela qual morrem as mulheres na Paraíba é o feminicídio”.

Nessas medidas protetivas, segundo ela, está sendo averiguado o uso da tornozeleira para que o homem não chegue próximo às vítimas. “Este é o caminho”, afirmou.

A delegada destacou ainda os serviços como a Patrulha Maria da Penha. “Já existe o aparelho SOS Mulher e, nos casos de mais gravidade, ela fica com um aparelho que tem uns botões, como se fosse um botão de pânico e aciona o antigo Ciop onde hoje é o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Na hora que ela apertar no botão, ela faz uma chamada, já abre o vídeo daquele celular e o policial que está lá no CICC, passa a ver o que a mulher está sofrendo. A tecnologia está ajudando nesse enfrentamento. As mulheres sofrem violência doméstica e nós precisamos enfrentar essa chaga na sociedade brasileira”, concluiu.

Foto: Reprodução Google.

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