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Ex-comandante do Exército, general Freire Gomes depõe à PF sobre suposto golpe de Estado

O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, depõe à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (1º), sobre a suposta tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro como presidente da República após as eleições de 2022. O depoimento dele está marcado para as 14h.

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Gomes é um dos alvos da PF. Em relatório, a corporação defendeu apurar a conduta de eventual omissão por parte do ex-comandante do Exército e do ex-comandante da Aeronáutica Carlos Almeida Baptista Junior. Para a Polícia Federal, os militares tinham conhecimento do plano arquitetado pelos aliados do ex-presidente e não agiram.

O relatório consta em trechos de documento obtido pelo R7 sobre a operação que investiga a suposta organização de um golpe de Estado em 2022 em prol de Bolsonaro, com a participação de ex-assessores, militares e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

“No entanto, considerando a posição de agentes garantidores, é necessário avançar na investigação, para apurar uma possível conduta comissiva por omissão, pelo fato de terem tomado ciência dos atos que estavam sendo praticados para subverter o regime democrático e, mesmo assim, na condição de comandantes do Exército e da Aeronáutica, quedaram-se inertes”, diz trecho do relatório.

De acordo com a PF, o general Braga Netto, candidato a vice de Bolsonaro em 2022, pedia por meio de mensagens para membros das Forças Armadas atacarem a imagem de militares que resistiam do intento golpista e, também, que fossem feitos ataques pessoais (inclusive a familiares) e aos comandantes.

A PF apontou, ainda, que a investigação sobre a tentativa de golpe está relacionada com a atuação de uma suposta organização criminosa com cinco eixos de atuação e seis núcleos. São eles: ataques virtuais a opositores; ataques às instituições, ao sistema eletrônico de votação e à higidez do processo eleitoral; tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de direito; ataques às vacinas contra a Covid-19 e às medidas sanitárias na pandemia; e uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens.

Foto: Reprodução Google.

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