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Entenda como funciona a terapia Car-T, que promete revolucionar o tratamento contra o câncer

O Fantástico deste domingo (25) destacou um estudo promissor no tratamento contra o câncer no Brasil. Foram seis meses de trabalho acompanhando duas pacientes que passaram por esse tratamento.

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São histórias de pessoas que já enfrentam o câncer há anos e passaram por procedimentos mais tradicionais, como quimioterapia, radioterapia e até mesmo transplante de medula.

Essa terapia nova é rápida, dura cerca de 30 minutos e promete eliminar a doença com o uso de células de defesa do próprio paciente, modificadas geneticamente. A terapia genética CAR-Tl geralmente é utilizada como última opção pelos médicos.

O tratamento funciona assim:

1 – Começa com a coleta de sangue do paciente para obter as células de defesa – os linfócitos T, ou células T;
2 – Elas são enviadas a um laboratório e passam por uma modificação genética para poder identificar as células cancerígenas;
3 – Chamadas agora de células CAR-T, elas são devolvidas para o paciente por uma infusão;
4 – No corpo do paciente, as novas células se multiplicam e começam a eliminar o câncer.

De acordo com o G1, a tecnologia foi criada nos Estados Unidos. Em 2017 a terapia foi aprovada pela agência reguladora de saúde americana.

Até o momento, o tratamento com as células CAR-T só pode ser feito em pacientes com 3 tipos de câncer: leucemia linfóide aguda, linfoma não Hodgkin e mieloma.

Tratamento

No Brasil, existem 2 maneiras de se fazer esse tratamento: enviando as células para laboratórios, nos Estados Unidos e na Europa, que custa, pelo menos, R$ 2 milhões ou participando dos estudos clínicos, como do Hospital Albert Einstein ou do Hemocentro de Ribeirão Pret.

Resultados

Conforme explica o médico Jair Schmidt Filho, a primeira avaliação acontece 30 dias após o tratamento.

O médico fala sobre o percentual de sucesso do procedimento: “Ela fica em torno de 40, 45%, ou seja, quase metade dos casos. Mas a gente, está falando de uma expectativa de vida nesses pacientes que até então era de 6 meses ou menos”, diz.

Cerca de 50% dos pacientes permanecem sem a doença depois de cinco anos do tratamento e são considerados curados.

Foto: Jarbas Oliveira.

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