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‘Com certeza foram dores minhas que vieram à tona lá dentro, isso eu não tenho dúvida’: o relato de Vanessa Lopes após desistir do BBB

Vanessa Lopes, de 22 anos, saiu do Big Brother Brasil – ela apertou o botão da desistência, depois de um período conturbado dentro da casa.

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Vanessa nasceu em Brasília e foi criada no Recife. Ficou famosa por compartilhar coreografias e a rotina com os mais de 40 milhões de seguidores nas redes sociais. Durante a participação no BBB, Vanessa recebeu atendimento psicológico e após sua saída, começou o tratamento psiquiátrico.

Nessas últimas semanas, ela buscou ajuda médica e vem cuidando da saúde, ao lado da família e dos amigos. Questionada pelo Fantástico se o trabalho dela tem alguma relação com o que aconteceu dentro do programa, Vanessa acredita que sim.

“Com certeza eu acho que tem relação. Medo do julgamento, medo do que as pessoas vão achar da gente foi o que mais me pegou naquele momento. Tudo que eu já vivenciei com a internet, todas as opiniões e julgamentos que as pessoas tiveram sobre mim, com certeza foram dores minhas que vieram à tona lá dentro, isso eu não tenho dúvida”, pontua.

“Segundo meu psiquiatra, eu tive um quadro psicótico agudo que é como se a minha mente rompesse com a realidade. É como se eu já não entendesse mais o que é a imaginação da minha cabeça e o que é real. Isso aconteceu pelo estresse, pela falta de sono, pela ansiedade, medo do que tava acontecendo lá fora no programa, medo que tava acontecendo dentro do programa. Criei várias fanfics na minha cabeça, a todo momento, eu dizia: ‘Olha, pode ser que seja real isso que eu queria na minha cabeça ou não'”, relata Vanessa.

O médico que acompanha o caso também é o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, e ele explica que o que aconteceu com ela dentro do BBB poderia ocorrer com qualquer pessoa, mesmo sem histórico de doença mental.

“Nós chamamos de quadro psicótico agudo aqueles quadros em que a pessoa vem dentro da característica de um funcionamento normal e repentinamente ela rompe com a realidade e passa a viver uma realidade paralela. Não precisa ter historia nenhuma pregressa pra poder fazer esse diagnostico e o futuro vai depender totalmente do que você faz agora no presente com a presença da doença. O quanto mais cedo você intervém, mais cedo você tem um melhor resultado e um melhor prognostico”, diz Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria.

Seguindo as orientações médicas, Vanessa está cercada do carinho da família. Sem as redes sociais, ela voltou a praticar vôlei com as amigas, esporte que fazia desde a adolescência.

“Às vezes acho que a minha geração é uma geração muito da correria. É uma geração muito do ‘ai tem que fazer aquilo, tem que fazer aquilo’, mas a gente primeiro para fazer algo, a gente tem que se cuidar”, finaliza.

Foto: Reprodução Google.

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