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Sete em cada 10 rodovias do Brasil têm problemas, conclui estudo

Quem costuma viajar de carro já deve ter reclamado da estrada que utilizou no caminho. Ocorre que sete em cada 10 rodovias brasileiras possuem algum tipo de problema. A conclusão é da CNT (Confederação Nacional do Transporte), que realiza anualmente um estudo sobre a situação nas rodovias no Brasil.

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Segundo o levantamento, 67,5% das estradas nacionais são consideradas péssimas, ruins ou regulares. As 32,5% demais foram classificadas como boas ou ótimas. Na comparação com o mesmo estudo no ano passado, houve estabilidade nos resultados, com patamares de 66% e 34%, respectivamente.

Os critérios usados para essa avaliação foram: pavimentação, sinalização e geometria da via (se há curvas perigosas, por exemplo).

Em 2023, a avaliação regular, ruim e péssimo dessas características foi: 56,8% (pavimento), 63,4% (sinalização) e 66% (geometria da via), percentuais que também ficaram próximos aos dos registrados no ano passado: 55,5%, 60,7%, 63,9%, respectivamente.

De acordo com o R7, também foram identificados 2.648 pontos críticos. São eles: quedas de barreiras, erosões nas pistas, buracos grandes, pontes caídas e pontes estreitas.

“Trata-se de problemas na infraestrutura que interferem na fluidez dos veículos, oferecendo
riscos à segurança dos usuários, aumentando significativamente a possibilidade de acidentes e gerando custos adicionais ao transporte”, alega a CNT.

Principal meio de transporte no país

Além disso, a CNT mostra que as rodovias seguem sendo importantes para a economia do Brasil. O estudo diz que 65% de todo o transporte de carga no país é feito por meio das estradas.

Por causa desse motivo, quando o diesel fica mais caro nas bombas, há o risco de encarecimento dos alimentos no supermercado, por exemplo. Com o preço do combustível dos caminhões maiores, o frete também tende a aumentar.

Ainda, 95% dos passageiros em território nacional se deslocam pelas estradas.

Rodovias privadas são melhores

Outro ponto que a pesquisa destaca é que 77,1% das estradas públicas, que representam 76,6% da extensão pesquisada, têm avaliações negativas (regulares, péssimas ou ruins).

Já as rodovias concedidas às empresas privadas, que somam 23,4% da extensão pesquisada, estão em um cenário oposto. A maioria, 64,1%, é classificada como boa ou ótima.

Investimentos a serem feitos

Nos cálculos da CNT, serão necessários R$ 94,12 bilhões em ações emergenciais e manutenção das rodovias. A organização cita o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que foi implementado no governo Dilma e voltou neste governo Lula.

“O Novo PAC prevê R$ 185,8 bilhões em investimentos para o modo rodoviário, dos quais R$ 112,8 bilhões são da iniciativa privada (60,7%) e R$ 73 bilhões do governo federal (39,3%). Essa realidade demonstra uma recuperação da capacidade de investir com duas frentes, via estado e/ou por meio de relações de colaboração com a iniciativa privada, contemplando concessões e parcerias”, afirma o estudo.

Foto: Rubens Cavallari.

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