O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vai participar do debate aberto de alto nível do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira (29), em Nova York, nos Estados Unidos, sobre a situação no Oriente Médio. A reunião foi convocada pela presidência do órgão, que neste mês está sob o comando da China, e vai coincidir com o Dia da Solidariedade ao Povo Palestino.
O debate aberto ocorre em seguimento às reuniões de emergência convocadas pelo Brasil, enquanto ocupava a presidência do órgão, em 8 e 13 de outubro. A reunião ainda segue a resolução, aprovada em 15 de outubro, que pede a implementação de pausas e corredores humanitários urgentes em toda a Faixa de Gaza.
De acordo com o R7, o encontro visa buscar a construção de consensos e contribuições positivas para assegurar um cessar-fogo e aliviar a crise humanitária na região. Em seu discurso, o ministro das Relações Exteriores vai enfatizar a necessidade de buscar uma saída sustentável para a crise na região, por meio da implementação da solução de dois Estados, com um Estado palestino viável, convivendo em paz com Israel, dentro de fronteiras mutuamente aceitas e internacionalmente reconhecidas.
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o organismo internacional. “Em seu mandato no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil tem trabalhado incansavelmente pela paz, mas as soluções são reiteradamente frustradas pelo direito de veto. Precisamos resgatar a confiança no multilateralismo. Precisamos recuperar nossas melhores tradições humanistas. Nada justifica que as principais vítimas dos conflitos sejam mulheres e crianças”, disse o petista.
Durante o mês de outubro, o Brasil presidiu de forma temporária o Conselho de Segurança da ONU. Instituído em 1948 para zelar pela manutenção da paz e da segurança internacional, o órgão tem cinco membros permanentes — China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.
Há ainda um grupo de dez membros não permanentes com mandato de dois anos. Atualmente, os dez países que ocupam essas vagas são: Brasil, Albânia, Equador, Emirados Árabes, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça.
Foto: Fayez Nureldine.