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Operação que previne ataques nas escolas fez 400 prisões desde abril, afirma Flávio Dino

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou nesta terça-feira (3) um novo balanço da Operação Escola Segura, que visa prevenir ameaças e ataques às instituições de ensino brasileiras. De acordo com o ministro, desde abril, quando foi lançado o programa, foram realizadas 400 prisões ou apreensões de adolescentes e 381 buscas e apreensões. Além disso, segundo Dino, 3.404 boletins de ocorrência foram registrados e 2.844 casos estão em investigação.

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“E ainda há extremistas achando que ‘liberdade de expressão’ protege ameaças e agressões contra crianças, adolescentes e educadores”, afirmou Dino nas redes sociais.

De acordo com o R7, o ministro divulgou ainda o canal para o recebimento de informações e de denúncias sobre suspeitas de ataques a escolas. A plataforma permite que os casos sejam analisados de forma mais rápida e eficiente por uma equipe de 50 policiais do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência (Diopi), que tem auxiliado em investigações sobre crimes virtuais no Brasil.

O pacote de medidas para prevenir e combater a violência nas instituições de ensino foi lançado logo após o ataque à creche Cantinho do Bom Pastor, em Blumenau (SC), quando um homem invadiu o centro de educação infantil e matou quatro crianças — de idade entre 4 e 7 anos — e feriu outras cinco com uma machadinha.

Em junho, outro caso de grande repercussão abalou o país. A estudante Karoline Verri Alves, de 15 anos, foi morta a tiros por um ex-aluno no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé (PR). No ataque, o namorado da vítima, Luan Augusto, também foi baleado. Ele foi levado à emergência em estado gravíssimo, mas, um dia depois, morreu no hospital. O autor do ataque foi encontrado morto na cela em que estava detido, na Casa de Custódia de Londrina.

Segundo o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, de 2002 a 2022 foram registradas ao menos 16 ocorrências de ataques a escolas no país. Só em 2023, já foram mais sete. O relatório constata que a violência seria motivada “sobretudo por discursos de ódio, bullying, racismo, misoginia, intolerância étnica ou religiosa”.

Foto: Valter Campanato.

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