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Governo de SP vai desapropriar cerca de 30 mil m² em Maresias, Sahy e Topolândia para construção de moradia popular

O governo do estado de São Paulo informou nesta sexta-feira (24) que vai desapropriar três terrenos em São Sebastião (Maresias, Vila Sahy e Topolândia), totalizando em torno de 30 mil m², para a construção de moradias populares aos desabrigados pela tragédia ocorrida no município após as fortes chuvas do fim de semana, que deixaram ao menos 54 mortos.

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Uma das áreas fica na Vila Sahy, ponto mais atingido por desmoronamentos, tem 10 mil metros quadrados e fica perto da Rodovia Rio-Santos. A declaração de utilidade pública do terreno será divulgada neste sábado (25), no Diário Oficial. A área é maior, mas, num primeiro momento serão desapropriados 10 mil m².

Segundo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou à GloboNews, o processo de desapropriação é consensual, e será pedida a autorização do proprietário.

O secretário da Habitação, Marcelo Branco, afirmou à TV Globo que outras duas grandes áreas na cidade também serão destinadas para a construção de moradia popular: um terreno em Topolândia, de 8 mil m2, perto das balsas, e outro em Maresias, de 11 mil m². Ambos pertencem à Prefeitura de São Sebastião e serão transferidos ao estado.

O g1 questionou a pasta sobre quais são os terrenos que serão desapropriados, e a reportagem será atualizada assim que houver resposta.

O objetivo será construir inicialmente, via CDHU, de 600 a 800 unidades habitacionais.

Tarcísio afirmou que a ideia é criar o que chamou de “pulmão habitacional”: primeiro, desabrigados e desalojados pela tragédia serão transferidos a casas modulares, as Vilas de Passagem, e, assim que houver residências definitivas, essas famílias serão transferidas para elas, abrindo espaço para que novas pessoas possam ir às Vilas de Passagem, e assim por diante.

Uma maneira, segundo o governador, de “ganhar fôlego” e “dar perspectiva” às famílias.

“Nossa ideia é construir uma experiência que concilie construção de habitação de interesse social em área segura com desmobilização dessas casas existentes e recuperação ambiental. Se der certo, a gente vai poder escalar essa experiência para outras regiões”, afirmou Tarcísio.

O compromisso do governo é que os projetos sejam definidos e saiam do papel o mais rapidamente possível. Outro enorme desafio será traçar um diagnóstico detalhado dos morros e áreas de risco para estabelecer quantas famílias terão de ser removidas.

O secretário da Habitação também está pedindo apoio à Prefeitura de São Sebastião para encontrar empresários dispostos a doar terrenos ou emprestar áreas que possam temporariamente ser adaptadas para receber famílias em situação de risco. A infraestrutura seria cedida pelo governo estadual.

Foto: Sérgio Barzagui.

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