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Funjope abre duas exposições sobre representatividade negra no Hotel Globo

A Prefeitura de João Pessoa, através de sua Fundação Cultural (Funjope), abre nesta sexta-feira (3) duas exposições no Centro Cultural Hotel Globo. As mostras ‘Fragile’ e ‘Diversidade Negra’ estão abertas à visitação do público até o dia 6 de março.

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Com o objetivo de incentivar e valorizar os artistas independentes, a Funjope tem trabalhado com a construção da política de cultura que passa por editais. A obra ‘Fragile’, de Cris Peres, foi a selecionada para ocupar os salões do Hotel Globo durante este mês. Já o artista Guilherme Semmedo foi convidado para compor o espaço do monumento. Suas peças fazem uma conexão entre a cultura brasileira e os países da África.

“Lançamos, no ano passado, editais para ocupação no Hotel Globo, Casa da Pólvora e Casarão 34. Agora estamos começando a mostrar os artistas que ganharam esses editais. Cris Peres foi uma das premiadas para o edital de ocupação para o Hotel Globo. Muito feliz porque é uma exposição que traz uma temática importante, que é a questão da representatividade das identidades negras, ao mesmo tempo em que mostra a potência criativa de artistas nossos de João Pessoa”, afirmou Marcus Alves, diretor executivo da Funjope.

A ideia da exposição ‘Fragile’ é discutir a ruptura e demolição simbólica de narrativas que participam do alicerce de silenciamento dos corpos negros femininos no curso da história. As obras serão apresentadas por meio de fotoperformances e uma escultura central de madeira e tijolos cerâmicos, além de esculturas em gesso e videoperformance intitulado como: ‘A cor por trás da máscara’. Essa é a primeira vez que essa obra será exposta.

“Produzi a performance ‘Fragile’ em 2021, durante uma residência artística em Pernambuco. Eu tinha um desejo muito grande em trazer o resultado para minha cidade, João Pessoa. Este desejo se realiza agora, em 2023, com o múltiplo fragile e alguns desdobramentos em objetos ressignificados e esculturas provenientes da discussão sobre apagamento de corpos femininos negros”, explicou a artista.

A representatividade e difusão histórica da cultura africana serão abordadas na obra ‘Diversidade Negra’, de Guilherme Semmedo, que busca valorizar e mostrar referências de matrizes africanas através de desenhos, pinturas, esculturas e músicas, que dialogam com a memória, identidade e cultura afro-brasileira, que ganha destaque por sua diversidade na riqueza estética.

“Ambos os artistas, cada um com sua singularidade, fazem um trabalho maravilhoso sobre a presença do negro na sociedade e a invisibilidade do corpo negro, principalmente o corpo negro feminino em toda a história de colonização e alguns questionamentos sobre o tema abortado”, concluiu o coordenador do Hotel Globo, Willian Macedo.

Foto: Reprodução Google.

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