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Envolvido em escândalo de corrupção, Milton Ribeiro pede para sair do MEC

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, informou ao presidente Jair Bolsonaro que pretende se licenciar do cargo. Ribeiro está no centro de um escândalo de corrupção em que ele teria agido para favorecer dois pastores na alocação de verbas do MEC. O ministro também é pastor e teria permitido que seus colegas agissem fazendo lobby junto às prefeituras para construção de creches e reformas de escolas.

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A saída foi acertada em um encontro entre o ministro e o presidente, na noite de domingo. Para o público externo, Bolsonaro vinha articulando um discurso de que “colocava a cara no fogo por Ribeiro”, nos bastidores, porém a chapa esquentou. O centrão está de olho no cargo, mas ainda não foi definido quem assumirá a pasta. Nos bastidores comenta-se que um nome ligado ao ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PL), poderia se sentar na cadeira, mas o Planalto ainda faz cálculos eleitorais quanto à indicação, sob o temor de perder um cargo evangélico, a poucos meses do pleito.

Nos últimos dias, a pressão sobre Ribeiro aumentou, com integrantes da Frente Parlamentar Evangélica vindo a público pedindo o seu afastamento. Os pastores entendem que o episódio pode “contaminar” a imagem dos deputados ligados às igrejas, nas eleições de outubro.

“O inconsciente coletivo passa a acreditar que todos os pastores do Brasil pactuam com isso ou são assim. Gente que não presta tem em todos os lugares. Tem que haver uma investigação e punição aos que devem e declarado inocente quem assim o for”, disse a VEJA o deputado Marco Feliciano (Republicanos), um dos pastores mais próximos ao presidente da República.

Feliciano foi às redes pedir que Ribeiro deixe o cargo.

Foto: Pedro Ladeira/ Folhapress

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